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FGTS: o que está em jogo na correção das contas pela inflação

STF abre polêmica entre os que defendem a manutenção do poder de compra do fundo e aqueles que veem prejuízos para o setor imobiliário, com aumento de juros

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 20h09 - Publicado em 13 nov 2023, 08h00
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  • Em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do colegiado, ministro Luís Roberto Barroso, defendeu que a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não deve ser inferior ao rendimento pago pela caderneta de poupança. Pela proposta de Barroso, que é o relator do caso, a mudança seria aplicada a partir de 2025. O voto gerou discussões sobre as vantagens e desvantagens da medida nos setores público e privado, principalmente no caso dos que se beneficiam dos funding subsidiados como as construtoras e incorporadoras e a Caixa Econômica Federal.

    O FGTS é um fundo mantido em nome do trabalhador formal (com carteira assinada) para o qual o empregador tem de transferir mensalmente uma porcentagem do salário bruto do funcionário. Hoje, o retorno do FGTS é de 3% ao ano mais a TR (que tem ficado próxima de zero).

    Independentemente da discussão sobre se caberia ou não ao STF mexer com essa questão, em vez do Legislativo, é preciso avaliar a argumentação de quem defende e de quem considera a medida prejudicial a médio e longo prazos para o setor habitacional. O principal argumento dos defensores da mudança na forma de correção é que o FGTS tem ficado abaixo da inflação, deixando de repor as perdas do trabalhador. Esse grupo aponta ainda:

    Por outro lado, os críticos também não economizam nas explicações. “É ruim de toda forma, pois ficou no meio termo com a possibilidade de correção sugerida pelo Barroso”, afirma um grande empresário do setor. “Vai impactar toda a cadeia de imóveis para a maioria dos brasileiros. Perderão o setor privado, o governo e também a Caixa, além dos próprios trabalhadores”, afirma outro empresário.

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    A explicação é que o aumento da remuneração dos cotistas do FGTS vai implicar, necessariamente, aumento nas taxas de juros dos financiamentos imobiliários que usam recursos (funding) do próprio FGTS. No orçamento deste ano, o fundo reservou mais de R$ 68 bilhões para operações do setor. Haveria impacto direto nos contratos mantidos pela Caixa que atrelam o custo do financiamento à correção do FGTS. O governo já ligou o sinal de alerta, e tenta costurar uma outra saída para o tema – que também cruza o interesse político de parlamentares e sindicatos.

    Outras desvantagens apontadas pelos críticos:

    Está em jogo a redefinição se o FGTS vira uma espécie de investimento como a poupança; ou se continua – como a própria nomenclatura define – um fundo garantidor para o trabalhador formal. A sorte está lançada para a maioria dos brasileiros desejosos pelo financiamento da casa própria.

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