No momento em que os ventos começam a soprar a favor da economia – inflação em baixa, previsão de queda dos juros, reformas em negociação no Congresso –, os empresários de mineração anunciam que vão contratar produtos e serviços junto a fornecedores de diversos segmentos, agora, em agosto.
A coluna apurou que 26 pesos pesados da mineração vão dinamizar as contratações em rodadas de negócios com fornecedores. São empresas como AngloGold Ashanti, Anglo American, Vale (Salobo Metais), Kinross Brasil Mineração, Mineração Usiminas, Nexa Resources, Mineração Rio do Norte e Mineração Taboca.
O detalhamento dessas operações e de outros projetos será feito durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram 2023), no fim de agosto, em Belém (PA). Realizado há mais de 40 anos, o evento é visto como um termômetro do apetite por novos negócios do setor no País. Cerca de 230 fornecedores se inscreveram para participar das rodadas de negociações, e todos os estandes já foram comercializados: são 3.580m2 de área de exposição.
Os valores de investimento da indústria da mineração são elevados. Até 2027, o setor projeta investir US$ 50 bilhões, uma evolução de 10% em relação ao valor informado ano passado para o período 2022-2026. Boa parte dos US$ 50 bilhões será investida em projetos socioambientais (mais de US$ 6,5 bilhões), em logística (US$ 4,5 bilhões) e na produção mineral.
Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a produção de três substâncias minerais deve concentrar a maior parte dos investimentos até 2027: minério de ferro, bauxita e cobre vão responder por US$ 26,4 bilhões. Mas também estão programados investimentos na produção de outros minerais considerados críticos para a transição energética no País: lítio (em MG), níquel (em GO, BA, PA, PI), titânio (BA, RS), vanádio (BA) e terras raras (GO).