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Negócios, Mercados & Cia

Por que as empresas brasileiras estão apostando milhões em Bitcoin?

Fintechs, bancos e novas companhias planejam reservas em criptoativos, sinalizando um movimento institucional que já transforma o mercado nacional

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 ago 2025, 09h00

Empresas brasileiras de diversos setores iniciaram um movimento para ampliar  sua exposição a criptoativos, acompanhando uma tendência global de institucionalização dos ativos digitais. O que chama a atenção é que essa tendência se revela mesmo com a incidência do IOF estabelecida no mês passado pelo governo federal.

Um dos exemplos recentes nessa direção foi liderado pela Méliuz, fintech que até junho de 2025 adquiriu 595 Bitcoins, totalizando mais de R$ 240 milhões alocados no ativo. Essa estratégia fez com que a empresa se tornasse a maior detentora de Bitcoin entre as companhias de capital aberto da América Latina, impulsionando suas ações a uma valorização de quase 200% no ano e deslocando sua imagem para próxima do conceito de “Bitcoin Treasury Company”. Outro nome relevante é a Orange BTC, companhia do setor financeiro que ainda não está listada em Bolsa de Valores, mas que tem o plano ambicioso de aquisição de US$ 210 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) em Bitcoin como reserva de valor estratégico.

O mercado brasileiro busca replicar o modelo seguido por empresas como a americana MicroStrategy, com suporte de grandes nomes do mercado e a proposta de ter exposição direta ao ativo por ações da empresa quando realiza seu IPO. Além disso, gigantes do setor bancário, como os bancos varejistas, já oferecem tokens de criptomoedas em seus aplicativos, reforçando que a adoção está permeando setores tradicionais como serviços financeiros e de tecnologia. Vale destacar que essa tendência começou com o Mercado Livre. A empresa de marketplace foi a primeira da América Latina que comprou bitcoin para sua tesouraria, e agora a moeda começa a se espalhar incluindo no Brasil.

O País figura entre os dez maiores mercados globais, movimentando mais de US$ 10 bilhões em 2024 no ativo, segundo o Banco Central. No entanto, o primeiro semestre de 2025 apresentou uma desaceleração relativa em termos de valor: o Bitcoin, por exemplo, registrou valorização de apenas 2,2% nesse período, influenciado também pela alta do real frente ao dólar.

 Além do bitcoin, Axel Blikstad, sócio fundador da B2V Crypto, uma das pioneiras nesse mercado de criptoativos no Brasil, está bem entusiasmado com o Ethereum depois da aprovação do Genius Act nos Estados Unidos algumas semanas atrás, regulamentando um mercado de stablecoins que hoje tem US$ 260 bilhões: “Muitos acreditam que vai ultrapassar os US$ 2 trilhões nos próximos dois a cinco anos”, afirma. O Banco Central brasileiro avança na regulamentação do setor, prometendo concluir ainda neste ano um pacote de normas para dar segurança jurídica, coibir fraudes e estimular o desenvolvimento do segmento. Para especialistas, o Brasil entra efetivamente na roda empresarial dos criptoativos. Sem volta.

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