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X e STF: na ponta do lápis, ex-Twitter faz diferença para os brasileiros?

A decisão do ministro Alexandre de Moraes deve tornar evidente o fato de que a rede social de Elon Musk não tem mais a mesma força e o prestígio do passado

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2024, 17h12 - Publicado em 2 set 2024, 08h00
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  • O  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, definiu, como relator, que a decisão de suspender a rede social X (ex-Twitter), de Elon Musk, deveria ir para o plenário virtual na Primeira Turma, que referendou o tema logo nas primeiras horas de hoje. Toda essa discussão, para além da reclamação de Musk de que o Supremo teria afrontado o princípio da “liberdade de expressão”, serve também a uma outra pergunta: afinal, o X tem importância, de fato, no dia a dia do brasileiro? No sentido funcional da coisa, pode ser equiparado ao WhatsApp, LinkedIn, Facebook ou Instagram? A resposta é não. Explico.

    O WhatsApp é a rede social mais usada no Brasil, com estimados 147 milhões de usuários.  Inicialmente um aplicativo de mensagens, o WhatsApp se tornou essencial na comunicação comercial, entre empresas e clientes. Estima-se que 80% das pessoas o utilizam para se comunicar com negócios. Vale lembrar que, neste ano, o WhatsApp ficou fora do ar por duas horas em todo o mundo devido a um problema com a empresa Cloudflare. Esse episódio evidenciou a dependência que muitos brasileiros e usuários do restante do planeta têm do aplicativo, para se comunicar e realizar transações comerciais calculadas em bilhões de reais.

    Apesar de ter perdido o primeiro lugar para o WhatsApp, o Facebook ainda é uma das redes sociais mais usadas no Brasil, com 111,3 milhões de usuários, semelhante ao Instagram, ambas controladas pela mesma empresa, a Meta Platforms, Inc. As duas plataformas são versáteis, permitindo que as empresas gerem negócios, se relacionem com clientes e promovam sua marca.

    Já o LinkedIné a maior rede social voltada para profissionais no Brasil, com 68 milhões de membros. As empresas usam a plataforma para recrutar talentos, promover eventos e se engajar com sua comunidade. O LinkedIn é visto como essencial para o networking e o desenvolvimento de carreira. Sua importância no meio empresarial é tamanha que é farto o número de CEOs, COOs, CFOs, CMOs com perfis publicados na rede, com livre acesso a quem quiser entrar em contato e tentar uma oportunidade.

    O X (antigo Twitter) tem 22,13 milhões de usuários no Brasil. Vale lembrar que, como Twitter, era uma plataforma importante para debates públicos, compartilhamento de notícias e interação entre celebridades e fãs. Tinha credibilidade sob a ótica empresarial. Muitas empresas divulgavam seus produtos, serviços e marcas na plataforma, sem receio de errar. Tanto que o valor da antiga marca era de 71 no Brand Value Score (BVS), ante 65 agora, demonstrando uma desvalorização após o processo de rebranding patrocinado por Elon Musk. O BVS é uma métrica que avalia o valor de uma marca em uma escala de 0 a 100, sendo “0” o valor mínimo, e “100”, o máximo. Essa pontuação leva em consideração fatores como reconhecimento da marca, lealdade dos clientes, qualidade percebida, associações da marca e outros ativos de propriedade da marca.

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    Em termos financeiros, a avaliação da empresa passou por uma queda significativa. O Twitter foi adquirido por Musk em outubro de 2022 por aproximadamente US$ 44 bilhões. No entanto, em outubro de 2023, o valor estimado do X era de cerca de US$ 19 bilhões, representando uma perda de aproximadamente 57% em relação ao preço de compra. Convertendo esse valor para reais, considerando uma taxa de câmbio aproximada de R$ 5,68 por dólar, o valor atual da marca X seria de cerca de R$ 107 bilhões.

    Como se vê, esses dados mostram a importância que as redes sociais têm, de fato, no dia a dia do brasileiro. E que essa “guerra” entre Musk e STF – envolvendo decisão de uma Corte independente do país – não passa de mais uma das bizarrices do bilionário, que se submeteu a exigências baixadas na Índia. Na Turquia, do autocrata Tayyip Erdogan, Musk também não hesitou em retirar do ar contas anônimas que reproduziam gravações feitas dentro do palácio presidencial, com suspeita de corrupção. Nas eleições de maio passado, a plataforma X concordou em remover algumas contas de mais de 400 posts que perturbavam o regime autocrata, para não ser retirada do ar. O STF e, por tabela, o Brasil não podem virar outro brinquedinho do bilionário.

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