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Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jan 2018, 12h00 - Publicado em 27 jan 2018, 12h00
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  • O senador Delcídio Amaral (PT)
    O senador Delcídio Amaral (PT) (VEJA.com/Folhapress)

    (Artigo publicado em 27/01/2016)

    Em matéria de assombro, o comportamento do senador Delcídio Amaral (PT-MS) que obrigou a Justiça a prendê-lo, só pode ser comparado com dois outros episódios que para sempre marcarão os 13 anos do PT no poder.

    O primeiro: em julho de 2005, poucas semanas depois de o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ter deflagrado o escândalo do mensalão, José Adalberto Vieira da Silva, secretário de organização do PT, no Ceará, foi preso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao tentar embarcar num voo para Fortaleza com 100 mil dólares escondidos na cueca. Desolado, Lula comentou à época: “O que mais falta a acontecer?”

    O segundo episódio: no dia 11 de agosto de 2005, mesmo sem ter sido convocado, o publicitário Duda Mendonça, responsável pelo marketing da campanha que três anos antes elegera Lula, compareceu à CPI dos Correios e admitiu ter sido pago pelo PT no exterior com dinheiro de caixa 2. Para isso ele abrira uma conta nas Bahamas. Naquele dia, o próprio Lula temeu a queda do seu governo.

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    Durante almoço, ontem, com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT, Lula chamou de “uma grande burrada” a tentativa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) de tentar barrar as investigações da Operação Lava Jato. Chamou-a também de “absurdo” e de “loucura”. Não ficou claro se ele condenava o que Delcídio fez ou se apenas a maneira como ele fez.

    Para Lula, “o senador é um político experiente, sofisticado, que não poderia ter se deixado gravar de forma simples como foi feito por Bernardo Cerveró”, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Bernardo é filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, preso pela Lava-Jato. Lula não disse, mas é razoável supor que ele jamais se deixaria pegar tão facilmente como foi o caso de Delcídio.

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