Carro existe para transportar pessoas. Se mata é por imprudência de quem o dirige. Arma existe para atirar. É falsa e diversionista, pois, a comparação feita pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, sobre o poder letal do carro e da arma.
Para justificar o decreto a ser baixado pelo presidente Jair Bolsonaro que facilitará o porte de arma, o general disse que o carro no Brasil mata tanto quanto a arma, e que nem por isso se pensa em proibir o uso do carro. Ora, uma coisa simplesmente nada tem a ver com a outra.
A legislação que pune o motorista imprudente é branda e quase sempre mal aplicada. Os pequenos e os graves delitos no trânsito costumam ficar impunes. Se houver mais rigor no trato desses crimes, eles diminuirão. É assim nos países mais civilizados.
Mesmo nesses, porém, está provado que o uso de armas de fogo por cidadãos comuns não reduz o número de crimes. Pelo contrário: aumenta.