Dez curiosidades sobre o Grande Museu Egípcio que abre as portas hoje
Iniciativa levou 20 anos para ficar pronta, consumiu mais de 1 bilhão de dólares e deve receber até 20 000 pessoas por dia
Como o próprio nome sugere, a primeira coisa que chama a atenção no The Grand Egyptian Museum (Grande Museu Egípcio), nos arredores do Cairo, é a sua própria estrutura colossal. Só a sua fachada, em formato piramidal e de frente para um patrimônio mundial da Unesco – as Pirâmides de Gizé –, tem um quilômetro de comprimento. Depois de ser inaugurado há três dias, o endereço abre as portas para o público nesta terça-feira (4) com o título de maior museu arqueológico.
Após 20 anos de obras e sucessivos atrasos, a grandiosa iniciativa consumiu nada menos do que 1 bilhão de dólares (cerca de 5,3 bilhões de reais). É o primeiro museu com um porte totalmente dedicado a uma única civilização, no caso, a egípcia antiga. Estão ali reunidos, pela primeira vez, todo o acervo com 5 000 peças do faraó Tutancâmon. O local ainda abriga, entre outros, 100 000 artefatos daquela civilização e uma estátua gigante de Ramsés II, que reinou por seis décadas, há mais de 3 000 anos. A expectativa em torno da construção, que deve receber até 20 000 pessoas por dia, é tanta que no último sábado foi decretado feriado na capital egípcia.
Conheça a seguir dez curiosidades sobre o Grande Museu Egípcio:
1/ Maior museu arqueológico do mundo: A estrutura colossal é a única desse porte, no planeta, dedicada inteiramente a uma única civilização – a egípcia antiga. O acervo do megamuseu abrange sete milênios de história, desde a era pré-dinástica (vai do Neolítico, aproximadamente 4000 a.C., até o início da primeira dinastia, por volta de 3100 a.C.) até os períodos grego e romano.
2/ Toda coleção de Tutancâmon em um único lugar: Após décadas espalhado, pela primeira vez na história, todo o acervo com cerca de 5 000 peças do funerário do faraó está reunido no museu. O tesouro histórico foi descoberto pelo egiptólogo britânico Howard Carter em 1922, em um túmulo do Vale dos Reis, no Alto Egito. Entre os destaques desta coleção estão o sarcófago dourado de Tutancâmon, o trono, as carruagens e uma máscara de ouro do faraó.
3/ Localização estratégica e vista para as pirâmides: Estrategicamente construído a apenas dois quilômetros a leste das Pirâmides de Gizé – complexo de três túmulos monumentais, erguidos há cerca de 4.500 anos para os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos – o museu oferece vistas espetaculares do complexo a partir de seu átrio e terraços. Uma passarela também liga o museu às Pirâmides de Gizé, permitindo o trajeto a pé ou em veículos elétricos.
4/ Projeto arquitetônico inovador: O escritório irlandês Heneghan Peng Architects, após vencer um concurso global, criou um projeto monumental para o museu. Só a fachada tem mais de 50 mil metros quadrados é decorada por formas piramidais e triangulares translúcidas que se estende até um grandioso pátio interno. O edifício triangular foi construído para dialogar visualmente com as pirâmides vizinhas. Seu interior abriga uma escadaria monumental de seis andares ladeada por estátuas.
5/ O acervo também é colossal: O museu abriga mais de 100 000 artefatos da história egípcia. Uma curiosidade: após passar pela entrada piramidal, o visitante atravessa um átrio monumental e é recebido pela estátua de Ramsés II (que reinou por mais de seis décadas, há mais de 3 000 anos), uma estrutura gigante com 11 metros de altura e 83 toneladas. Antes de ser integrada àquele acervo, a estátua ficou exposta em uma rotatória do Cairo por meio século.
6/ Inauguração cercada de expectativa: O projeto do museu levou mais de 20 anos para ser concluído devido à própria complexidade do projeto, sucessivos atrasos e problemas ligados às instabilidades políticas no Egito. O museu é uma das principais apostas do governo egípcio para revitalizar o turismo, setor responsável por boa parte da entrada de divisas no país.
7/ Custo bilionário: Iniciado em 2005, o projeto do colossal museu consumiu mais de 1 bilhão de dólares (cerca de 5,3 bilhões de reais). É uma iniciativa de tamanha importância para a economia centrada no turismo do Egito que o governo declarou feriado público para marcar sua inauguração.
8/ Investimento em tecnologia de ponta: O Grande Museu Egípcio incorporou em suas instalações uma tecnologia moderna, incluindo o uso de realidade virtual e exposições interativas. Tudo com o intuito de enriquecer a experiência do visitante e aprofundar a compreensão da história daquela civilização. A estrutura ainda inclui uma parte dedicada ao armazenamento e conservação do acervo, incluindo dezessete laboratórios. Essa parte fica mais recuada da parte principal, conectada ao museu por meio de um túnel.
9/ Foco do governo em repatriação: O museu faz parte dos esforços egípcios para trazer de volta artefatos importantes que estão atualmente em museus no exterior, como o Busto de Nefertiti, que está hoje no Neues Museum, em Berlim, na Alemanha; e a Pedra de Roseta, que pertence ao acervo do Museu Britânico, em Londres.
10/ Investimento pesado em acessibilidade: O design do museu prioriza a acessibilidade, com rampas e elevadores elétricos para garantir que visitantes com mobilidade reduzida possam explorar todas as áreas. O governo espera atrair entre 15 000 e 20 000 visitantes por dia.
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