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O Mundo de Sofia

Por Sofia Cerqueira Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Viajar é abrir portas para novas culturas, experiências e descobertas.

Saiba o que é ‘viagem de vingança’ e se ela ainda continua acontecendo

Só nos três primeiros meses de 2025, o número de viajantes internacionais aumentou 5% no mundo comparando com o mesmo período do ano passando

Por Sofia Cerqueira Atualizado em 30 out 2025, 11h33 - Publicado em 29 out 2025, 14h59

Veneza impôs uma taxa aos chamados “visitantes de um dia”, em abril do ano passado, em uma tentativa de pôr um freio no turismo de massa. Portugal vive um período áureo, com Lisboa registrando um crescimento contínuo de turistas. Paris, que recebeu cerca de 48 milhões de pessoas em 2024 – 21 vezes a sua população –, continua recepcionando cada vez mais gente. Cidades de Istambul, na Turquia, e Bangkok, na Tailândia, também se mantêm entre as recordistas em atração de visitantes. Junto com melhorias de infraestrutura, promoção de grandes eventos e aumento da malha aérea, um motivo tem sido determinante também para esse boom nos destinos mais almejados do planeta.

Cobrança de taxa para quem não pernoitar na cidade: Veneza, na Itália, é uma das cidades que sofre com o turismo de massa
Cobrança de taxa para quem não pernoitar na cidade: Veneza, na Itália, é uma das cidades que sofre com o turismo de massa (Simone Menegari/Getty Images)

Cunhado em meio à pandemia, o termo revenge travel (viagem de vingança) quer dizer, em linhas gerais, que as pessoas passaram a desejar mais conhecer novos destinos e viver mais experiências para compensar o tempo perdido e as férias canceladas durante o período de confinamento por causa da Covid-19. Os números do setor, porém, mostram que a expressão, que surgiu inicialmente nas redes sociais e ganhou força a partir de 2021, não se aplica só ao período logo após as fronteiras se abrirem. A viagem de vingança continua em pleno vigor, impulsionada pela consciência da brevidade da vida e pela vontade de aproveitar cada momento.

Experiências novas: no ano passado, 1,4 bilhão de turistas no mundo fizeram viagens para o exterior
Experiências novas: no ano passado, 1,4 bilhão de turistas no mundo fizeram viagens para o exterior (Black Cat/Getty Images)

Para muita gente, é inquestionável que aquele período de reclusão compulsória despertou em muitos o desejo por mais liberdade e fez com que muita gente revisse suas prioridades. Os números da Organização Mundial do Turismo (OMT) reiteram essa transformação. No ano passado, mais de 1,4 bilhão de turistas no mundo fizeram viagens para o exterior, superando os níveis pré-pandemia e atingindo um marco histórico para o turismo global.

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Pesquisas mostram ainda que nos três primeiros meses de 2025, o movimento de viajantes internacionais aumentou 5% em relação ao mesmo período do ano passado e 3% se comparado com o primeiro trimestre de 2019, um ano antes da pandemia. “A viagem de vingança não só continua, como ela se desdobrou em outros nomes. Virou vingança por um chefe ruim, por um burnout, por uma determinada tarefa concluída. Cada vez mais as pessoas se premiam com uma viagem por motivos variados”, ressalta Mariana Aldrigui, professora e pesquisadora da área de turismo da USP.

Turismo de bem-estar: está entre os principais focos das viagens de vingança
Turismo de bem-estar: está entre os principais focos das viagens de vingança (Klauss Vedfelt/Getty Images)

Aldrigui observa ainda que esse fenômeno resultou no incremento do segmento como um todo, como o aumento das buscas por viagens de lazer, das corporativas, com algum compromisso de sustentabilidade, mas, em especial nos últimos tempos, do turismo de bem-estar. E não é só isso. “As gerações mais novas, sobretudo, podem não ter recursos para comprar um carro, para investir num bem maior, mas não abrem mão de realizar seus desejos relacionados a viagens”, completa.

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As viagens de vingança continuam em alta: impulsionadas pela consciência da brevidade da vida
As viagens de vingança continuam em alta: impulsionadas pela consciência da brevidade da vida (Milky Way/Getty Images)

Não restam dúvidas de que as viagens de vingança geraram saldos positivos para o mercado. Pesquisadores apontam que o termo revenge travel deriva de uma expressão surgida na China nos anos 1980, a revenge spending, quando eclodiu naquele país uma corrida por compras após longos períodos de privação de consumo. Com o passar dos anos, o boom consumista arrefeceu, apesar dos esforços daquele país para estimular os gastos. Agora, se a “vingança” na área das viagens permanecerá na mesma cadência acelerada, só o tempo dirá.

 

Com o olhar cultivado em redações por mais de 30 anos, convido você a viajar pelo mundo, por aqui. Nesse amplo e diversificado roteiro, cabem um destino encantador, uma suíte especial, uma experiência única, uma curiosidade do setor e tudo mais que possa instigar quem está de malas prontas ou sonha em pôr o pé na estrada. Siga também o perfil no Instagram @omundodesofia_cerqueira

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