Em junho de 2018, Demi Lovato fez um show soturno e apagado no Rock in Rio Lisboa, em Portugal. Na época, ela subiu ao palco logo depois do furacão Anitta passar por lá. Embora no discurso, Demi dissesse que estava tudo bem – ela inclusive chegou a cantar sua nova música, Sober (Sóbria,em português), ela não estava bem. Um mês depois daquela apresentação, Demi sofreu uma overdose e ficou entre a vida e a morte. Havia chegado a hora de pisar no freio e mudar os rumos da carreira.
Quatro anos depois daquele fatídico dia – e uma pandemia no meio – Demi Lovato deu uma guinada de 180 graus na carreira. Abandonou o pop e agora posa de roqueira com um visual à lá Joan Jett. Foi essa nova encarnação que ela trouxe neste domingo, 4, para o palco Mundo do Rock in Rio. Com uma banda formada apenas por mulheres (Brittany Bowman, na bateria, Leanne Bowes, no baixo, Dani McGinley, no teclado, e Nita Strauss, guitarrista que deixou a banda de Alice Cooper), Demi alterou as versões de suas músicas antigas para soarem como rock n roll, e incluiu no repertório novas canções mais pesadas.
A nova mudança deu certo. O show desta domingo no Rio de Janeiro, em nada tem a ver com aquele de 2018 em Lisboa. Agora, está muito melhor. Demi estava bastante à vontade, demonstrou potência vocal e muito entrosamento com a banda. O repertório do show, aliás, foi idêntico ao apresentado em São Paulo no dia 30 de agosto. Ela mesclou músicas do novo álbum, Holy Fvck, a sucessos marcantes de sua carreira, como Skyscraper, Here We Go Again, Don’t Forget e Heart Attack. Quem disse que o rock and roll não salvava vidas? No caso de Demi, além da vida, ele também parecer ter salvado sua carreira.
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