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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Astro de ‘Stranger Things’ que virou cantor: “Espero que me levem a sério”

Joe Keery, o Steve da série da Netflix, fala a VEJA sobre seu novo álbum, que já tem duas músicas lançadas nas plataformas digitais

Por Bárbara Bigas Atualizado em 10 mar 2025, 15h30 - Publicado em 10 mar 2025, 09h00

O ano de 2025 está agitado para Joe Keery. O ator norte-americano interpreta Steve Harrington em Stranger Things, série de sucesso da Netflix que terá seu encerramento ainda este ano, e se prepara, em paralelo, para o lançamento de seu novo disco musical, The Crux, no dia 4 de abril. O trabalho será assinado não por Joe Keery, mas por Djo, nome que ele escolheu para o projeto que encapsula sua paixão por música.

Talvez o nome Djo até soe familiar: End of Beginning, canção de seu último álbum, foi uma explosão na internet, acumulando 1,5 bilhão de streams e mais de 60 bilhões de visualizações no TikTok. O sucesso da música, porém, foi transitório, assim como diversas situações que inspiraram Keery durante a produção do álbum, que teve a co-autoria de Adam Thein e a arte de capa por Neil Krug. O tema ainda aparece, discretamente, no seu primeiro single lançado este ano, Basic Being Basic: “Eu não quero seu dinheiro / Eu não ligo para a fama / Eu não quero viver uma vida onde essa seja a minha grande troca”. Em entrevista a VEJA, Keery comenta sobre esse novo capítulo de sua carreira.

As duas músicas que Djo lançou até agora (Delete Ya e Basic Being Basic) falam, de alguma forma, sobre transitoriedade, o que é um assunto bastante pessoal e que pode ser trabalhado de várias formas. Esse sentimento realmente esteve presente enquanto você trabalhava no The Crux? Com certeza. Eu estava vivendo de forma meio nômade, meio que ainda estou. Estava pulando de trabalho em trabalho e isso formou o tema do álbum. Acredito que essas duas músicas são como irmãs, elas estão ligadas e talvez sejam dois lados da mesma moeda, eu diria. Uma é mais rancorosa e tem um pouco mais de raiva contida, e a outra é bastante triste e tem muito arrependimento envolvido. 

Ainda sobre Delete Ya, essa é uma música que tem várias atmosferas diferentes, especialmente antes do último refrão, em que o baixo fica mais intenso e os vocais mais enfáticos. Ela representa o que ouviremos a seguir, com o lançamento do disco na íntegra? O álbum é bastante eclético, essas duas músicas formam um par divertido. Acho que existem similaridades entre essas canções e outras, mas eu também acho que existem mais coisas guardadas [no álbum].

Você já afirmou que gosta de desfrutar do processo de fazer música e que só escolheu o nome “Djo” após terminar um de seus discos, de forma não planejada. Essa fluidez e leveza são características que te acompanham também em The Crux? Definitivamente. Pensar demais não ajuda a minha arte, então gosto de trabalhar rapidamente e ser fluido. Acho que é uma maneira de deixar o subconsciente dizer coisas que talvez ele não diga de outra forma. E a abordagem para esse álbum foi diferente. Tive todas as ideias e, ao invés de trabalhar nelas em casa e então levá-las para o estúdio, eu trabalhei primeiramente no estúdio. Peguei um pouco mais da inspiração original enquanto trabalhava e isso foi intencional, então o álbum tem uma sensação um pouco diferente dos últimos dois discos.

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O Joe Keery ator influencia o Djo cantor e musicista? Ou você tenta manter ambas as coisas separadas? É o mesmo, na verdade. Assistir a um filme pode ser uma inspiração incrível para uma música e vice-versa. E eu acho que o processo de fazer essas coisas é diferente. Sou apenas um cara, então tudo meio que acontece, as ideias vão surgindo.

djo press photo
‘The Crux’ será seu terceiro álbum de estúdio (ForMusic/Divulgação)

A pressão por ser um ator conhecido e renomado já te atingiu negativamente em algum momento enquanto você fazia música? Diretamente não. Mas, como todo mundo, eu tenho dúvidas. Espero que as pessoas me levem a sério e penso: “As pessoas estão somente ouvindo isso porque sou conhecido por Stranger Things?” e acho que é muito natural ter esses sentimentos. Mas no fim do dia, a única coisa diretamente sob meu controle é: “Estou me divertindo com isso? Isso é algo que estou interessado em seguir?” E realmente é. Então eu só vou continuar a fazer enquanto me trouxer algo bom em troca e me traz muito. Sinto ser algo que eu realmente preciso fazer por alguma razão, que não sei qual é, mas eu gosto. Estou nessa jornada de tentar escrever álbuns e só quero fazer um álbum perfeito, honestamente. Estou simplesmente obcecado em fazer um bom álbum. Seria a alegria da vida se eu tivesse um álbum que me deixasse totalmente orgulhoso e eu sinto que toda vez que faço [um álbum] chego um pouco mais perto disso, então estou bastante feliz com The Crux. Acho que é o meu melhor até agora.

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Você planeja se dedicar inteiramente à música, ou a atuação é algo que você quer fazer por um longo tempo também? Sim, eu irei fazer tudo isso, se puder. Até se eu conseguir outro emprego, vou continuar fazendo isso. E música também. É uma grande forma de expressão para mim. Creio que sou uma pessoa muito criativa, gosto de fazer projetos, seja trabalhar em um álbum, em uma série com um grupo de pessoas ou em pequenos projetos. Eu simplesmente amo fazer pequenos projetos. Então, provavelmente não vai parar por aí. Gosto de fazer coisas além de música e atuação também. Stranger Things acabou, então vai ser interessante observar o que vai acontecer agora. Eu não sei exatamente e não tenho planos para isso. Então espero que, no fim do dia, eu possa apenas continuar sendo criativo e ter essas oportunidades, pois é um grande privilégio. 

Você começou o Djo depois que começou a gravar Stranger Things, e existe alguma semelhança entre o universo da série com o som psicodélico de Djo. Essas duas coisas parecem muito bem amarradas. Isso é proposital ou apenas uma coincidência interessante? É mais uma coincidência. Eu não estou tentando fazer músicas que soam como Stranger Things. Gosto de música do passado, de sintetizadores analógicos que surgiram nos anos 1980, e isso provavelmente teve um efeito. É muito fácil me associar com Stranger Things porque é de lá que as pessoas me conhecem. 

E por falar em Stranger Things, qual é a sua opinião, enquanto músico, sobre a trilha sonora da série? Considero genial. A série não seria a mesma sem ela. É perfeita. 

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A próxima temporada será tão boa musicalmente quanto a anterior? Eu não tenho ideia. Espero que sim, mas eu não tenho nada a dizer sobre isso, infelizmente. Na verdade, felizmente. Eles fazem um trabalho incrível, então tenho certeza que estará ótima. 

Fale um pouco sobre seus gostos musicais e artistas que te influenciaram de alguma forma em sua carreira. São muitos. Neste novo álbum, foram MGMT, The Strokes, LCD SoundSystem, AC/DC, Nick Drake, Led Zeppelin, David Bowie, David Byrne, Cake, Black Sabbath, Paul McCartney, The Beatles, Beach Boys, Carole King, um pouco de Cher. Um monte. Amo todo tipo de música e gosto de músicas imperfeitas, daquelas que você pode dizer que são reais. Tenho ficado obcecado nisso recentemente, do tipo “Como eu posso deixar isso o mais real possível?”. Dito isso, eu também gosto de músicas muito bem produzidas, como as da Britney Spears. Aquilo é uma produção pop perfeita, que eu também amo. Tem espaço para tudo, mas meu objetivo foi tentar fazer isso como um verdadeiro álbum de estúdio clássico.

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