O senhor é piloto, esgrimista e, agora, quadrinista. Considera-se de fato um polímata? Sou só chato. Faço tudo isso, mas não ao mesmo tempo. Adoraria ter lançado esse projeto em 2015, mas descobri o câncer. Na pandemia, a ideia cresceu e consegui finalizá-la.
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Vai sair também um álbum solo, cujos primeiros shows serão no Brasil. Qual é a sua relação com o país? Os brasileiros são enlouquecidos pela nossa música. Os shows sempre lotam. Na turnê solo, farei apresentações em lugares pequenos porque quero que as pessoas vejam de perto.
Que cuidados tomou com a voz após se curar do câncer? Aprendi a ter dias de folga para descansar. Preparação é fundamental para o nível de intensidade dos shows. Me comporto como um monge quando não estou cantando.
O mascote Eddie foi adotado pelos torcedores do Vasco da Gama, mas não impediu o time de quase ser rebaixado. Que dica daria para o clube? Talvez ajude escolherem uma nova versão do Eddie, como a de Seventh Son ou de Powerslave. Mas não tenho time de futebol, como o Steve Harris (baixista do Iron). Não entendo como o West Ham, time dele, pode estar ganhando de 4 a 0 e tomar cinco gols nos minutos finais. Talvez seja por isso que ele ame o futebol.
Publicado em VEJA de 12 de janeiro de 2024, edição nº 2875