Como os Rolling Stones acabaram há mais de quarenta anos
Aniversário de single tirado de Tattoo You traz de volta a recordação do último grande momento criativo da banda inglesa, ainda na ativa
O sábado, 2, marcou o lançamento há quarenta anos do single “Hang Fire”, dos Rolling Stones, uma das pérolas de Tattoo You, que havia chegado ao mercado pouco tempo antes. Na época, os fãs da banda inglesa suspiraram com alívio: depois de alguns discos fraquinhos, nos quais a banda inglesa flertou com o reggae e a disco music, sendo que, na maior parte das vezes, os resultados foram para lá de duvidosos, em Tattoo You finalmente Keith Richards, Mick Jagger e companhia voltavam ao bom e velho rock’n’roll. O clima já era dado pela incendiária “Star Me Up”, com seu riff simples e matador em dó e fá (aliás, antes de virar um rockão clássico, a versão inicial de “Star Me Up” era em ritmo de reggae). A segunda faixa do álbum era justamente “Hang Fire”, concebida dentro da mesma linguagem tradicional stoneana.
O que os fãs não imaginavam na época do lançamento de Tattoo You é que aquele seria o último grande disco da banda. De certa forma, ele marcou a morte artística dos Stones. Nada do que eles fizeram posteriormente (vieram mais sete álbuns, sendo o último deles um de covers de blues, em 2016), fora alguns brilharecos esparsos, trazia no mesmo pacote a mesma energia e inspiração que colocaram Tattoo You no panteão de álbuns clássicos do grupo.
Sim, mesmo sem o insubstituível baterista Charlie Watts, morto no ano passado, os Stones continuam na ativa e ainda encantam no palco. Acabaram de anunciar uma nova turnê europeia em comemoração aos 60 anos da banda. Ela começa em junho, na cidade de Madri, na Espanha. Claro, nos shows, “Star Me Up”, de Tattoo You, é presença obrigatória.
Para relembrar o último grande momento dos Stones, segue o clipe de “Hang Fire”: