Incêndios em LA ‘pausam’ volta da banda que revolucionou rock e eletrônica
O grupo Nine Inch Nails, do americano Trent Reznor, fez história na música nos anos 1980 e 90 - e pretende realizar uma rara turnê em breve

Nas últimas semanas, o vazamento de uma notícia empolgou os fãs e conhecedores da cena musical alternativa: o Nine Inch Nails, lendária banda liderada pelo americano Trent Reznor, está com as datas de uma nova e raríssima turnê fechadas (a última vez que eles tocaram juntos foi em 2022). E com um plus e tanto. Pela primeira vez em meia década, o grupo que revolucionou a música entre o final dos anos 1980 e início dos 1990 com sua potente mistura de rock e eletrônica — uma vertente batizada de rock industrial — está trabalhando em material inédito para um novo álbum.
Num post em seu perfil no Instagram nesta terça-feira, 14, o NIN confirmou oficialmente que os planos de turnê vazados na internet são para valer. “Como algumas datas e informações sobre nossa turnê mundial vazaram, estamos confirmando que sim, estaremos em turnê e forneceremos mais detalhes em breve”, anunciaram eles na rede social.
Mas o mesmo post também traz um banho de água fria — ou melhor, uma bela chamuscada nas expectativas de seus admiradores: em razão dos incêndios que vêm devastando Los Angeles, tudo indica que o projeto da turnê poderá entrar “em pausa” por algum tempo. “Estamos todos observando a devastação que está acontecendo na Califórnia e pausamos nosso anúncio enquanto as pessoas tentam lidar com tudo o que está acontecendo”, informou a banda.
Trent Reznor fundou o Nine Inch Nails em Cleveland, no estado americano de Ohio, em 1988. Logo no ano seguinte, o grupo lançou um disco seminal: Pretty Hate Machine, que misturava teclados e guitarras, em músicas que transmitiam fúria e urgência graças às letras e aos vocais marcantes do artista. Mais de 35 anos adiante, o disco continua influente e atualíssimo. Depois, no início dos anos 1990, seguiram-se outros álbuns da mesma potência, mas com uma pegada eletrônica mais experimental, como Broken e The Downward Spiral. A fama já estava feita, e Reznor então passou a se dividir cada vez mais entre o NIN, projetos variados e, notadamente, o trabalho como artífice de trilhas sonoras memoráveis para o cinema. Ele ganhou um Oscar pela trilha do filme A Rede Social, de David Fincher, em 2010, e repetiu o feito dez mais tarde com o inspirado trabalho na animação Soul, da Pixar.
Agora é esperar que o fogo na Califórnia não adie tanto assim o retorno de Reznor com sua banda que fez história no rock.