Instituto Afro pede que governo da Bahia não contrate Cláudia Leitte
O instituto acionou o Ministério Público para que a cantora não seja contratada pelo governo do estado e pela prefeitura de Salvador

Em mais um desdobramento da confusão que Claudia Leitte causou após mudar a letra da música Caranguejo, ao retirar a frase “saudando a rainha Iemanjá” por “eu canto meu rei Yeshua”, nome de Jesus em hebraico, o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e a iyalorixá Jaciara Ribeiro, acionaram o Ministério Público do Estado da Bahia para que recomendasse ao governo estadual e à prefeitura de Salvador a não contratação do show da cantora.
Para fundamentar o pedido, eles citam a Convenção Interamericana Contra o Racismo, a discriminação racial e formas correlatas de intolerância, onde os estados se comprometem a “prevenir, eliminar, proibir e punir” os atos de manifestações de racismo, discriminação racial e formas correlatas de intolerância.
Esta é a segunda vez que o Ministério Público é acionado devido à mudança da letra. Em dezembro do ano passado, Jaciara e o instituto Idafra já haviam acionado o MP, que instaurou inquérito para investigar um possível ato de racismo religioso causado pela artista. Para eles, a alteração na letra é uma forma de discriminação contra religiões de matriz africana. O caso está sendo apurado pela Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.
O caso foi debatido na última segunda-feira, 27, em uma audiência pública do MPBA. Ao final, foi feita uma proposta de criação de um pacto inter-religioso entre cristãos, religiões de matriz africana, islâmicas e budistas, para o combate à intolerância religiosa.
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