Mais uma mulher está processando Sean John Combs – conhecido como P. Diddy ou Puff Daddy – magnata do hip-hop, que está preso desde setembro acusado de encabeçar um escabroso esquema de tráfico sexual, extorsão, associação criminosa e promoção da prostituição. Uma reportagem publicada pelo site TMZ aponta que uma mulher do Tennessee, identificada como Jane Doe, e que tinha apenas 19 anos na época e era caloura de uma faculdade em 2005, teria sido estuprada pelo artista após um convite para uma sessão de fotos em um local ao lado do campus de sua faculdade, no Brooklyn, em Nova York.
De acordo com o processo obtido pelo TMZ, Jane e uma amiga aceitaram o convite para a sessão de fotos porque se tratava de uma celebridade como Diddy. Quando elas chegaram ao local, foram convidadas para ir para outro lugar, o hotel Mariott, em Manhattan. No hotel, ela e a amiga foram levadas a suíte do artista e trancadas lá dentro com Diddy. O magnata teria obrigado elas a usarem cocaína e mandou a amiga fazer sexo oral nele. Se ela resistisse, ele teria dito que mataria as duas. A amiga obedeceu.
Na sequência, ele teria obrigado Jane a se despir. A amiga conseguiu fugir quando um segurança abriu a porta do quarto, mas Diddy estava em cima dela e ela ficou presa. Logo depois, Diddy saiu do quarto, deixando Jane sozinha no escuro por cerca de 30 minutos. Logo depois, um segurança veio e falou para ela ir embora.
Entenda o caso
O músico de 54 anos promovia baladas privês chamadas de freak offs (“surtos”, em português), nas quais coagia mulheres a se drogarem para transar com garotos de programa, enquanto ele próprio assistia a tudo. Nas suas mansões em Los Angeles e Miami, a polícia encontrou drogas, fuzis e mais de 1.000 frascos de óleo para pele de bebê e lubrificantes — produtos que, em tese, seriam destinados a essas orgias. A principal denúncia foi feita por uma ex-namorada do artista, a cantora Cassie Ventura, que alega ter sido estuprada repetidamente por Combs e obrigada a se drogar e também a transar, por dias, com outros homens enquanto ele a espancava. A prisão causou um efeito dominó, com novas denúncias de outras sete mulheres e de dois homens.
A investigação principal vai até 2008 e alega que Combs abusou de suas vítimas “verbal, emocional, física e sexualmente”, tendo as “atingido, chutado e agredido com objetos diversos”. Sob seu comando, as vítimas ainda teriam sido forçadas a participar de encontros com outros homens, profissionais do sexo. Batizados de “freak offs” (“batalha de pervertidos”) pelo cantor, os eventos são descritos pela acusação como “performances sexuais elaboradas e produzidas” que ele “arranjava, dirigia, se masturbava durante e, com frequência, filmava”. As tais “batalhas” podiam durar por dias e envolviam a participação de múltiplos garotos de programa. Combs também seria responsável por drogar as mulheres para mantê-las “obedientes”.
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