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O Som e a Fúria

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Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

Nunca haverá guitarrista de rock tão cool quanto Ace Frehley, do Kiss

Morte do músico, aos 74 anos, foi anunciada na quinta, 16

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 out 2025, 10h02 - Publicado em 17 out 2025, 11h06

Do ponto de vista técnico e de criatividade, há centenas de guitarristas melhores que Ace Frehley, que fez história como um dos membros originais do Kiss. Jimi Hendrix mostrou o que o instrumento podia fazer e barbarizou no palco. B.B. King era capaz de fazer chorar com uma simples nota. Jeff Beck marcou época com talento e versatilidade inigualáveis. Jimmy Page simplesmente inventou o maior dinossauro sonoro de todos os tempos, o Led Zeppelin. Santana surgiu em Woodstock botando pimenta chicana na receita. John McLaughlin fez pacto com os deuses indianos e inventou o jazz rock tocado a velocidade impressionante. David Gilmour criou melodias inesquecíveis e viajantes com seus solos no Pink Floyd

Ace Frehley, no entanto, era o mais cool de todos. Ele conseguiu a façanha de se destacar em meio ao Kiss, a banda mais circense da história do rock. Como chamar atenção no palco tendo ao lado um companheiro de grupo que usava fantasia de demônio e cuspia sangue, por exemplo? Ace achou seu próprio espaço, a começar pela maquiagem de estilo alienígena, marca registrada do Spaceman, como ficou conhecido entre os fãs. Hendrix sacrificou a guitarra no fogo, mas Ace foi adiante: em um dos momentos altos dos shows, sua Gibson Les Paul soltava labaredas pelas cordas, enquanto o músico acelerava o ritmo da pancadaria sonora misturada a show pirotécnico. Qual adolescente liga para firulas técnicas diante de um espetáculo desses? Confira aqui um vídeo com o momento:

É de Ace também a autoria dos solos transados das músicas clássicas do Kiss, uma banda que nunca foi levada a sério pela crítica, que batizou o som do grupo como “rock bubblegum”. O que os jornalistas especializados sempre esnobaram, o caráter despretensioso e descartável do grupo, revelou-se justamente a sua grande força junto aos fãs e garantiu a longevidade do “rock chiclete”.

Peça fundamental nessa fórmula, Ace deixou o grupo por duas vezes. Na última ocasião, a banda estava em turnê com o apelo da volta de sua formação original. Foi um pesadelo. Os líderes Gene Simmons e Paul Stanley não suportavam mais os excessos de drogas de Ace Frehley e do baterista Peter Criss. Houve ainda discussões sérias a respeito da divisão de dinheiro. Ace tocou pela última vez com o Kiss numa apresentação em 2000, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

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O guitarrista emplacou até um hit na carreira solo, a música New York Groove, mas esse sucesso foi uma estrela solitária em meio à produção dele pós-Kiss. Mesmo com o músico afastado por décadas da banda, os fãs nunca deixaram de cultuar o Spaceman, cuja morte foi anunciada na quinta, 16.

Ace tinha 74 anos e a façanha do seu “smoking guitar solo” jamais será igualada.

 

 

 

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