O deprimente fim do pioneiro do hip-hop condenado por assassinato
O americano Kidd Creole esfaqueou morador de rua em 2017, por julgar que homem era gay e estaria em busca de sexo; ele pode pegar 25 anos de cadeia
O veterano do hip-hop Kidd Creole, tido como um dos pioneiros do gênero nos anos 1980, foi condenado pelo assassinato de um morador de rua, informou o jornal inglês The Guardian nessa quinta-feira, 7. O caso aconteceu em 2017, quando Creole esfaqueou o sem-teto John Jolly, por supostamente buscar fazer sexo com o músico indevidamente. “Eu pensava que ele era gay e, por vir falar comigo, imaginei que ele acreditava que eu fosse também. Fiquei um pouco chateado com isso”, disse à polícia na ocasião.
Nascido Nathaniel Glover, Creole foi um membro original do grupo Grandmaster Flash and the Furious Five, ao lado do irmão Melle Mel, também conhecido como Melvin Glover. O grupo fazia parte da chamada “escola antiga” do hip-hop, e fez sucesso nos anos 1980.
Ao longo do processo, os promotores alegaram que Glover, hoje aos 62 anos, agiu por homofobia, enquanto os advogados defendiam a tese de que o esfaqueamento havia sido impulsionado pelo medo. Eles também tentaram argumentar, sem sucesso, que os registros médicos de Jolly indicam que ele não morreu em razão da facada, mas pela combinação de álcool e sedativos administrados no hospital, que agravaram o caso.
O julgamento aconteceu em Manhattan, e a sentença será aplicada no dia 4 de maio, podendo render a ele até 25 anos de prisão. “Ele se aproximou de mim e eu fiquei um pouco nervoso. Tentei recuar, mas ele avançou, então o esfaqueei. É tudo minha culpa, porque eu escolhi esfaqueá-lo”, admitiu mais tarde o artista.