O primeiro lugar que o novo álbum de Anitta, Funk Generation, atingiu nas paradas de sucesso na semana passada se mostrou efêmero. Após desbancar sertanejos e Taylor Swift o trabalho deixou a liderança em todos os serviços de streaming e também na lista Billboard Brasil Artistas 25.
No Spotify, a cantora, que havia conquistado o primeiro lugar na semana dos dias 26 de abril a 2 de maio, superando The Tortured Poets Department: The Anthology, de Taylor Swift, não teve força para se manter na liderança e caiu para o terceiro lugar. Na parada desta semana, entre os dias 3 e 9 de maio, o primeiro lugar foi ocupado pelo álbum To Be (Ao Vivo em Brasília), da dupla sertaneja Henrique & Juliano, seguida pela já mencionada Taylor Swift.
Já na parada da Billboard Brasil Artistas 25, a cantora Ana Castela, que ocupava o primeiro lugar há 31 semanas e que havia perdido a posição para Anitta na semana passada, voltou ao primeiro lugar. A queda de Anitta foi tão vertiginosa que ela não aparece entre os 25 primeiros lugares da lista. A artista, no entanto, tem duas faixas em outra parada da revista, a Hot 100. Na semana passada, no entanto, ela tinha 14 das 15 faixas do álbum nesta lista.
Na manhã desta segunda-feira, 13, a cantora revelou haver perdido também 100 000 seguidores no Instagram. A queda ocorreu após ela anunciar um clipe em que exalta a sua religião, o Candomblé. Programado para estrear nesta quarta-feira, 15, o vídeo de Aceita foi anunciado com uma legenda que reproduz a sinopse do desfile da escola de samba Unidos da Tijuca, que vai narrar a história do orixá Logun Edé em 2025, e traz fotos da cantora no terreiro. “Perdi 100k seguidores depois de anunciar o clipe que vou mostrar minha religião. Laroyê Exu tirando tudo que já não me serve mais”, escreveu a carioca em um stories no Instagram.
Em coletiva realizada recentemente para promover o álbum Funk Generation, Anitta explicou que a canção faz referência a Exu, e foi escrita para homenagear a própria fé. “Tem a ver com a minha religião, mas também com a cultura funk, que nada mais é também que cultura afro, que é a mistura e também a quebra de preconceitos religiosos que eu sempre gosto de fazer no meu trabalho, na minha vida”, disse ela na ocasião.
Batizada e criada na igreja católica, onde costumava cantar quando criança, ao lado do avô, Anitta deixou a instituição depois que um de seus padres preferidos foi expulso por homenagear a cultura negra e religiões de matriz africana. Frustrada com a situação, ela se voltou para o Candomblé, crença seguida por seu pai, e desenvolveu uma relação estreita e duradoura com a religião.
Neste novo trabalho, a cantora decidiu investir exclusivamente no funk, visando apresentar o ritmo aos fãs estrangeiros. Já consolidada no mercado latino e tentando se firmar no mercado americano (ela foi indicada ao Grammy de Artista Revelação no ano passado), os últimos trabalhos da artista privilegiavam a música pop e o reggaeton. O trabalho contou, inclusive, com um funk proibidão, onde Anitta repete a palavra “fode” quase cinquenta vezes. O trabalho, altamente dançante, é carregado de batidões e remetem aos áureos tempos da cantora na equipe Furacão 2000, celebrando o ritmo marginalizado no país. Entra na conta do sucesso da artista ainda a exposição que ela ganhou nos últimos dias ao fazer uma participação no show de Madonna na praia de Copacabana.
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