Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal
Continua após publicidade

O impacto inusitado da prisão de Sean ‘Diddy’ Combs no streaming

Rapper americano colhe boas-novas na carreira desde que foi detido por acusações de abuso sexual e crime organizado

Por Thiago Gelli Atualizado em 25 set 2024, 16h20 - Publicado em 25 set 2024, 11h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Protagonista de noticiários de todo o globo em razão de acusações de tráfico sexual, crime organizado e abuso, o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, tem agregado sucesso comercial avesso à enxurrada de críticas que recebe. Segundo dados da empresa Luminate, o catálogo do músico teve aumento de 18,3% de público desde sua prisão preventiva, em 17 de setembro. 

    Apesar de surpreendente, o aumento não é fenômeno inédito. Quando outro músico, R Kelly, teve crimes de abuso sexual expostos por um documentário, seus números quase dobraram de tamanho. O interesse, porém, sinaliza mais a curiosidade mórbida do público do que apoio ao artista. “A música se torna um canal de informação enquanto as pessoas tentam compreender atrocidades. É como se questionar: ‘Como soaria a música de alguém cujo cérebro funciona assim?'”, explicou o acadêmico George Howard para a Associated Press.

    As acusações

    O caso vai até 2008 e alega que Combs abusou de suas vítimas “verbal, emocional, física e sexualmente”, tendo as “atingido, chutado e agredido com objetos diversos”, além de “arrastá-las pelo cabelo em certas ocasiões”, causando feridas que só eram curadas após dias ou semanas. Sob seu comando, as vítimas ainda teriam sido forçadas a participar de encontros com outros homens, profissionais do sexo. Batizados de “freak offs” (“batalha de pervertidos”) pelo cantor, os eventos são descritos pelo texto como “performances sexuais elaboradas e produzidas” que ele “arranjava, dirigia, se masturbava durante e, com frequência, filmava”. As tais “batalhas” podiam durar dias e envolviam a participação de múltiplos garotos de programa. Combs também seria responsável por drogar as mulheres para mantê-las “obedientes”. Em uma busca na casa do réu, foram encontrados narcóticos, armas de fogo sem números seriais, munição e mais de 1.000 garrafas de óleo de bebê e lubrificante.

    Além dos crimes supostamente ocorridos na casa de Combs, ele também seria líder de uma organização criminosa abrangente, culpada de tráfico sexual, trabalho forçado, coerção e transporte relativo à prostituição, delitos narcóticos, sequestro, incêndio criminoso, propina e obstrução da Justiça. Cientes ou não, todos os seus funcionários seriam parte do crime organizado. Segundo o promotor do caso, Damian Williams, colaboradores do rapper o teriam protegido por meio da violência, com armas de fogo, ameaças, coerção e abuso emocional e físico.

    O réu teria usado as ambições musicais de suas vítimas para manipulá-las e os vídeos das “batalhas” para impedi-las de fugir. Além da vida sexual, ele teria controle sobre a moradia, aparência física, registros médicos e localização em tempo real das mulheres.

    Continua após a publicidade

    Até o momento, mais de 50 vítimas e testemunhas foram procuradas pela investigação e o procurador não descarta a chance de mais prisões. No dia seguinte à detenção, Combs se declarou inocente e agora aguarda julgamento, ainda sob custódia.

    Quem é Sean “Diddy” Combs

    Rapper, produtor e executivo da indústria fonográfica, Combs ascendeu na primeira metade dos anos 1990 após fundar a gravadora Bad Boy Records, que lançou artistas como The Notorious B.I.G. e Carl Thomas. Lançou-se como rapper em 1996, sob a alcunha “Puff Daddy”, com o hit Can’t Nobody Hold Me Down e se manteve produtivo desde então. Fora da música, seguiu investindo em empreendimentos na moda, gastronomia, bebidas e televisão, com os quais construiu patrimônio multimilionário.

    Conectado, o rapper era também notório pelas festas estreladas. Em 2019, a Vanity Fair cobriu seu aniversário de 50 anos e listou convidados como Beyoncé, Jay-Z, Kanye West, Kim Kardashian, Leonardo DiCaprio, Pharrell, Cardi B e Ted Sarandos. Em formato de áudio, o convite enviado era dublado pela supermodelo Naomi Campbell, que prometia: “Não existe festa como uma festa do Diddy”. As ligações de calibre do músico estimulam conspirações diversas nas redes sociais, mas nenhum colega famoso de Combs foi citado no caso até o momento.

    Continua após a publicidade

    Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.