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O Som e a Fúria

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O que um dos melhores guitarristas do mundo pensa sobre o blues

O americano Eric Gales está no Brasil para se apresentar no festival 'Best of Blues' e conversou com VEJA sobre com a música o salvou

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jun 2024, 11h18 - Publicado em 20 jun 2024, 11h17

Considerado um dos melhores guitarristas do mundo, Eric Gales, de 49 anos, já era apontado como um prodígio aos 15 anos. O talento precoce fez com que ele fosse comparado a gênios como Jimi Hendrix, canhoto como ele. Ao longo da carreira, acumulou amigos igualmente talentosos, como Zakk Wylde e Joe Bonamassa, que já participaram de seus discos, inclusive o mais recente, Crown.

O músico se apresenta no Brasil neste mês no festival Best of Blues, ao lado de Wylde e Bonamassa, no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Confira a programação completa no fim do texto. Gales conversou por videoconferência com VEJA e falou sobre a paixão que guarda pelo Brasil. Após enfrentar um vício em drogas, ele diz que se livrou com a ajuda da música e do blues. Confira a seguir os melhores trechos.

A última vez que você esteve no Brasil foi em um festival de jazz em Saquarema, no Rio de Janeiro. Que memórias guarda do país? Já visitei o Brasil algumas vezes. Minhas recordações são só a energia e as vibrações maravilhosas das pessoas e o lugar lindo. Amo tanto o Brasil que quando chega a hora de voltar, não queremos. Conheci pessoas lindas e momentos incríveis. Quando soube que voltaríamos a tocar aqui, imediatamente eu me animei.

A música brasileira te influenciou de alguma forma? Sou uma pessoa de muita energia. Então, tudo é energia para mim. Gosto dos grooves da música brasileira, como o da capoeira. Uma vez toquei um “riff” de capoeira num show do Brasil e imediatamente todo mundo soube o que era. Foi muito intenso. Gosto desse tipo de coisa.

Joe Bonamassa e Zakk Wylde, que são seus amigos, também vão tocar no Best of Blues. Como é seu relacionamento com eles? Temos uma amizade de longa data. Ambos já tocaram em meus discos. Será uma noite incrível e emocionante para nós três. Eles são os caras mais selvagens e malucos que conheço.

Seu novo álbum, Crown, tem uma música chamada You Don’t Know The Blues. Afinal, o que é o blues? Boa pergunta. Blues é muito abrangente. Pode ser triste. Definitivamente é muito emocional. Se você realmente não passou por momentos difíceis, talvez você não conheça necessariamente o blues. E isso não é uma coisa ruim.

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Por falar nisso, você enfrentou momentos difíceis recentemente, como vício em drogas. Como o blues te ajudou a superar a fase? Só de poder tocar, cantar e falar sobre isso, já me ajudou. Foi quase uma terapia. A terapia, de verdade, também é ótima para liberar algumas coisas. Mas, só de poder falar sobre tudo em um disco, me fez enfrentar os momentos difíceis. Quando toco, eu esqueço de tudo e me sinto livre.

Você é considerado um dos melhores guitarristas do mundo na atualidade. Qual é o segredo? Não parar. Aprenda tudo o que poder. Qualquer detalhe é importante em sua jornada. Às vezes, você pode ficar frustrado ou distraído, e não há nada de errado nisso. A questão é não se esquecer de voltar e tentar novamente no futuro. Isso vale para qualquer coisa, não só tocar guitarra. Apenas mantenha o rumo.

Aos 15 anos, você foi apontado como um prodígio da guitarra. Como lidou com essa pressão desde cedo? Senti que era uma responsabilidade muito grande na época. Mas, agora, eu não sinto mais isso. Descobri meu jeito de tocar e sei exatamente meu lugar no mundo. Não é minha responsabilidade aguentar essa pressão. Eu apenas curto o momento onde quer que eu esteja e funciona bem para mim.

Você fica frustrado se errar uma nota ou cometer um erro durante um show? De jeito nenhum. Só tenho compromisso com os meus sentimentos e a minha alma. Se errar, errou. Se alguém ficar procurando erro, está fazendo a coisa errada. Errar faz parte da vida. É o que nos faz humanos. É natural. Se acontecer, que assim seja.

Você é canhoto e toca com as cordas invertidas, como Jimi Hendrix. Há um jeito certo de colocar as cordas da guitarra? Essa foi a maneira que aprendi a tocar. Não há maneira certa ou errada, caso seja a mais confortável que funcione para você. Não existe manual. E se tiver um manual que diga isso, ele está errado. Se você gostar de tocar de cabeça para baixo, de costas ou deitado, que seja.

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SERVIÇO:

Best of Blues and Rock 2024

  • Rio de Janeiro

Local: Vivo Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro/RJ)
Data: Quinta-feira e sexta-feira, 20 e 21 de junho de 2024
Horário: 20h30 (portas abrem às 18h30)
Line-up quinta-feira: Eric Gales e Joe Bonamassa
Line-up sexta-feira: Zakk Sabbath e Kiko Loureiro
Ingressos:
a partir de R$ 195,00 (meia-entrada)

  • São Paulo

Local: Plateia externa do Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Ibirapuera – São Paulo/SP)
Data: Sábado, 22 de junho de 2024
Horário: 14h00 (portões abrem às 12h00)
Line-up: Di Ferrero, CPM 22, Eric Gales, Joe Bonamassa e Zakk Sabbath
Ingressos: a partir de R$ 250,00 (meia-entrada)

  • Curitiba

Local: Live Curitiba (Rua Itajubá, 143 – Novo Mundo – Curitiba/PR)
Data: Domingo e segunda-feira, 23 e 24 de junho de 2024
Horário: 20h00 (portas abrem às 18h00)
Line-up domingo: Hibria e Zakk Sabbath
Line-up segunda-feira: Eric Gales e Joe Bonamassa
Ingressos: a partir de R$ 195,00 (meia-entrada)

  • Belo Horizonte

Local: Mister Rock (RAv. Tereza Cristina, 295, Belo Horizonte/MG)
Data: Terça-feira, 25 de junho de 2024
Horário: 21h00 (portas abrem às 18h00)
Line-up: Zakk Sabbath e Yohan Kisser
Ingressos: a partir de R$ 245,00 (meia-entrada)

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