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O Som e a Fúria

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Os 5 desafios do The Town para se transformar no Rock in Rio paulistano

De infraestrutura a investimentos no Autódromo de Interlagos, as melhorias que o festival fez para tentar se igualar ao irmão mais velho (ou superá-lo)

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 21h26 - Publicado em 1 set 2023, 09h00

Nos últimos dez anos, todos os eventos que aconteceram no Autódromo de Interlagos, em especial o Lollapalooza, padeceram dos mesmos problemas: do lado de fora havia muito trânsito, dificuldade no transporte público, especialmente na hora de retornar, e furtos nos arredores; do lado de dentro, a geografia do local não colaborava, com várias descidas e subidas, banheiros químicos fétidos e aglomeração em frente a alguns palcos que inviabilizava a audição ou a visão de alguns shows.

Nada disso ocorreu na última edição do Rock in Rio, em 2022. Com a expertise de quase 40 anos realizando festivais, inclusive no exterior, o empresário Roberto Medina finalmente aporta em São Paulo com o festival The Town, o irmão “caçula” paulistano do Rock in Rio, com a promessa de resolver todos esses problemas — e ir além. Medina quer entregar uma experiência superior para as quase 500 000 pessoas que deverão passar por lá nos cinco dias do evento (2, 3, 7, 9 e 10 de setembro). Essa experiência deverá se estender, inclusive, ao Lollapalooza, que a partir do próximo ano será produzido pela Rock World, empresa dona do Rock in Rio, e que tem Medina como presidente. A seguir, confira cinco desafios que o The Town precisará superar para se transformar na versão paulistana do Rock in Rio:

Transporte

Poucos festivais no mundo podem contar com uma estação de trem na porta. O Autódromo de Interlagos tem esse privilégio. Usado pela Fórmula 1 e também por outros festivais que ocorriam no local, o trem não era bem aproveitado, pois as entradas do autódromo ficavam longe da estação e não funcionavam 24 horas. Para solucionar esses dois gargalos, o The Town alterou a entrada do festival, colocando-a mais perto da estação de trem, e negociou com o governo o funcionamento desse transporte por 24 horas. Por fim, haverá uma tentativa de organizar melhor o trânsito no lugar, com ônibus exclusivos e o fechamento das ruas ao redor, evitando o engarrafamento insano do passado.

Infraestrutura

Mais uma solução que parece simples, mas nunca tentada por ninguém, era a de construir uma série de banheiros de alvenaria conectados diretamente à rede de esgoto, eliminando de vez os pavorosos banheiros químicos. Os cabos de alta tensão e toda a fiação também foram aterrados, evitando expor o público a riscos. Além disso, a disposição dos palcos em Interlagos foi alterada, deixando plana parte do terreno, permitindo assim uma transição mais suave entre um palco e outro, sem precisar ficar subindo e descendo as colinas do autódromo. O primeiro fim de semana de shows mostrará até que ponto todas essas inovações deixarão o festival mais próximo do conforto de seu similar carioca.

Seleção musical

O desafio aqui é, como ensina a tradição do Rock in Rio, reunir um line-up variado, capaz de agradar a diversas tribos — mas bem dividido entre os palcos e que promova a harmonia geral. Para tanto, aposta-se em headliners de peso, como Post Malone, Demi Lovato, Bruno Mars, Maroon 5 e Foo Fighters. Mas o festival investiu, ainda, em atrações do jazz e do blues, como Esperanza Spalding, Hermeto Pascoal, Jonathan Ferr e Stanley Jordan — e se rendeu ao apelo do trap, com Matuê, MC Cabelinho, Tasha & Tracie e muitos outros. O resultado é uma mistura para lá de heterogênea — a conferir se vai colar.

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Datas

O The Town já surge como o maior festival de São Paulo em número de dias. Ao todo serão cinco: 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro. Mas ainda falta chão para chegar aos sete dias de duração do Rock in Rio. Em entrevista a VEJA, Roberto Medina afirmou que já estuda ampliar o festival no próximo ano para seis dias.

Retorno financeiro

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas, o The Town deverá causar um impacto econômico de R$ 1,7 bilhão, o maior já visto em São Paulo, além de gerar mais de 19 000 empregos diretos. Se isso se concretizar, será um divisor de águas tão potente para São Paulo quanto a versão carioca para sua cidade original.

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