O espólio da cantora Sinéad O’Connor, morta em julho do ano passado, está exigindo que Donald Trump pare de usar uma das canções mais famosas da irlandesa, Nothing Compares 2 U, em seus comícios políticos. “Não é exagero dizer que Sinéad teria ficado enojada, magoada e insultada por ter seu trabalho deturpado dessa forma por alguém a quem ela mesma se referiu como um ‘demônio bíblico'”, diz a declaração conjunta do espólio da artista e da gravadora Chrysalis Records.
Em campanha pela vaga do partido republicano nas eleições que acontecem em novembro, Trump tocou a canção de O’Connor recentemente em comícios em Maryland e na Carolina do Norte. O uso da música desagradou os responsáveis pelo legado da cantora, que reforçaram os valores da artista para se opor ao uso da música pelo republicano. “Ao longo de sua vida, é sabido que Sinéad O’Connor viveu de acordo com um código moral feroz definido pela honestidade, bondade, justiça e decência para com seus semelhantes”, diz a nota, complementando que a veiculação de Nothing Compares 2 U nos comícios de Trump foi recebida com indignação e exigindo “que Donald Trump e seus associados desistam imediatamente” de usar a canção.
Com isso, O’Connor se junta a uma longa lista de músicos que se opuseram ao uso de suas canções por Donald Trump. Recentemente, Johnny Marr, dos Smiths, foi ao X para expressar sua decepção pelo uso de Please, Please, Please, Let Me Get What I Want na campanha política do magnata americano e disse que tomaria medidas judiciais para impedir que o político utilize músicas da banda em sua campanha. Adele, Beatles, Bruce Springsteen, Elton John, Rolling Stones, Queen, Pharrell Williams, e os espólios de Prince, David Bowie e Tom Petty também já se opuseram ao uso de suas músicas.
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