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O Som e a Fúria

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Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

Quando a soma de estrelas é igual a zero de sucesso na equação do rock

Entenda o caso

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 set 2025, 11h30 - Publicado em 26 set 2025, 17h09

Reunir na mesma banda um dream-team de músicos consagrados é um atalho garantido para o sucesso, certo? Errado, como comprovam vários exemplos ao longo da história do rock. A despeito disso, sempre tem alguém insistindo nessa velha fórmula. O caso mais recente envolve o trio formado por três artistas importantes dos anos 1990: Mike Mills (baixista do R.E.M), Daris Rucker (cantor do Hootie & the Blowfish) e Steve Gorman (baterista do The Black Crowes). Batizado de Howl Owl Howl, o novo grupo deve lançar o primeiro single no final de outubro.

Na longa lista de lançamentos frustrantes de super-grupos, pouca coisa supera o caso do Blind Faith. As manchetes da imprensa celebrando a formação tinham a mesma pompa do anúncio de um Prêmio Nobel. A exceção do baixista Ric Grech, o restante da escalação do time era formada por uma espécie de seleção inglesa de artistas da época, todos com enorme pedigree: Eric Clapton na guitarra, Steve Winwood nos vocais e teclados, e Ginger Baker na bateria. Lançaram apenas um álbum, em 1969. Choveram elogios dos críticos, mas as vendas ficaram muito abaixo da expectativa. Após a turnê de shows na Inglaterra e Estados Unidos, Clapton pulou fora da trupe e o negócio acabou sendo enterrado. Confira aqui um trecho da famosa apresentação do Blind Faith no Hyde Park, em Londres:

Nas décadas seguintes, o maior rebuliço ficou por conta do lançamento da banda que reunia parte da nata do rock progressivo dos anos 1970, com integrantes vindos do Yes, Emerson, Lake & Palmer e King Crimson. O Asia era formado por John Wetton (baixo e vocal), Steve Howe (guitarra), Geoff Downes (teclados) e Carl Palmer (bateria). Lançado em 1982, o álbum de estreia vendeu cerca de 10 milhões de cópias, puxado pelos hits Heat of the Moment e Only time will tell. As músicas fizeram sucesso nas FMs, mas decepcionaram velhos fãs dos artistas. No lugar de grandes viagens instrumentais, o Asia apostava em uma pegada bem mais comercial. O disco que veio na sequência ficou longe de repetir o mesmo sucesso e, aos poucos, o Asia acabou sendo esquecido.

Outras reuniões de artistas renomados de bandas que fizeram sucesso no passado atuando em grupos diferentes deram igualmente com os burros n’água. Steve Howe, a mesma estrela da primeira formação do Asia, criou o GTR em 1986 Steve Hackett, ex-Genesis. Mas não foi muito longe essa banda com dois guitarristas icônicos do rock progressivo. Fico apenas no primeiro álbum, que teve repercussão modesta. Na área do rock mais pesado, houve a tentativa de Jimmy Page de ressuscitar sua carreira pós Led Zeppelin unindo forças ao cantor Paul Rodgers, que construíra a fama de um dos melhores vocalistas de sua geração com trabalhos prestados ao Free e ao Bad Company. O The Firm, nome da banda encabeçada pela dupla, produziu apenas dois álbuns, em 1985 e 1986, desfazendo-se em seguida.

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No Brasil, o caso mais célebre de super-grupo que ficou pelo caminho foi o Vímana. O quinteto carioca parecia promissor, reunindo músicos como Lulu Santos (guitarra), Lobão (bateria) e Ritchie (vocais e flauta).  Em 1977, lançaram um compacto pela Som Livre. A performance da banda em festivais no Brasil chamou atenção do tecladista suíço Patrick Moraz, que havia acabado de sair do Yes, depois de uma rápida passagem pelo grupo inglês. Moraz convenceu o Vímana a fazer parte de seu primeiro projeto solo, mas a parceria foi desfeita após um ano de ensaios e muitas brigas. Lulu, Lobão e Ritchie só fariam sucesso tempos depois, em carreiras-solo.

Exemplos como esses provam que, na equação do rock, a soma de estrelas muitas vezes resulta em zero de sucesso.

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