Em 2022, a apresentação do rapper cearense Matuê, de 30 anos, no palco Sunset, do Rock in Rio, causou impacto no público. Na ocasião, o músico surgia como uma das promessas do trap, uma variação mais melódica do rap. Dois anos depois, nesta sexta-feira, 13, o músico retorna ao festival em grande estilo, abrindo as apresentações no palco Mundo, o principal do festival fluminense.
O primeiro dia do festival foi dedicado ao trap mas, sem dúvidas, Matuê fez um dos shows mais rock and roll do dia. Acompanhado no palco dos trappers Teto e Wiu (este vestindo uma camisa de Jimi Hendrix), eles fizeram uma interessante mistura das batidonas eletrônicas com rock, com direito a guitarra, baixo e bateria no palco, muitos solos de guitarra e uma postura para lá de rock and roll.
A plateia respondeu à altura. O público chegou cedo e enfrentou o calorão de 40 graus, cantando todas as músicas e até abrindo rodinhas de pogo, bem ao estilo rock. As letras também vão na mesma linha, com versos sobre pegação, maconha e carrões. “Já que a gente não pode acender um palco”, brincou o traper. O músico, no entanto, visando apresentar um show elaborado e cheio de efeitos especiais, pecou por deixar a apresentação com vários momentos silenciosos, enquanto trocava parte do cenário ou preparava uma nova canção, quebrando o ritmo do show e esfriando parte da plateia.
O show foi baseado no novo álbum de Matuê, 333, mas contou com hits mais antigos, como Quer Voar. O novo disco, no entanto, tem influências que vão além do trap e rap, passando por música eletrônica do Daft Punk ao indie do Tame Impala. Quem foi que disse que não tinha rock no Rock in Rio?
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