Taylor Swift vira ‘cabo eleitoral’ na campanha presidencial argentina
Enquanto a cantora desembarca no país para três apresentações, seus fãs intensificam mobilização contra o candidato da extrema-direita, Javier Milei
BUENOS AIRES – Taylor Swift desembarcou em solo argentino na quarta-feira, 8. Na cidade, serão três apresentações com a turnê The Eras. Nos arredores do Estádio Monumental, a comoção vai além da mera expectativa com os shows: os fãs argentinos da estrela vem se mobilizando contra Javier Milei, candidato de extrema-direita à presidência do país. O primeiro turno das eleições, realizado em 22 de outubro, estabeleceu a disputa entre Milei e seu oponente Sergio Massa, que surpreendeu as pesquisas ao sair na frente, com 36% da votação — Milei alcançou 30%. O segundo turno acontece em dez dias, em 19 de novembro. E os swifties, nome dado aos admiradores de Taylor, estão trabalhando.
Conforme apurado por VEJA no local, os fãs têm fixado cartazes contra Milei e em apoio à Massa nos arredores do estádio. “Swiftie não vota em Milei”, diz um dos cartazes, em espanhol, que traz a hashtag #MileiIsTrump (Milei é Trump). Outra ilustração faz uma releitura do pôster oficial da turnê, com fotos de Massa em vez de Taylor.
Os swifties argentinos vêm comparando Milei ao ex-presidente americano Donald Trump — a quem a própria Taylor foi contra nas eleições dos Estados Unidos. Um grupo de fãs se reuniu através do perfil “Swifties Por la Patria”, com contas no X, antigo Twitter, e no Instagram. “Swifties enfrentando avanço da ultra-direita na Argentina. Precisamos estar do lado certo da história”, diz a descrição, em alusão a uma fala da cantora. Anteriormente, o movimento se intitulava “Swifties Against Freedom Advances”, mudando de nome após ter o perfil suspenso no X. Em uma declaração publicada pelo grupo, condenam as posições de Milei relacionadas a temas como aborto, porte de armas e reforma nos sistemas de educação e saúde pública.
Até o momento, Taylor não fez nenhum comentário público sobre as eleições argentinas. Em seu país, porém, passou a falar abertamente de política após receber críticas por ter ficado em cima do muro nas eleições de 2016, vencidas por Donald Trump, representante do Partido Republicano. Em Miss Americana, documentário lançado em 2020 pela Netflix, Taylor aborda a decisão de quebrar seu silêncio. Desde então, tem sido bastante vocal no apoio a candidatos do Partido Democrata.
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