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The Town: 3 shows que mereciam mais atenção no festival

Após cinco dias de evento, um balanço das atrações que esbanjaram talento e energia – mas infelizmente não foram tão valorizadas pelo público

Por Gabriela Caputo Atualizado em 13 Maio 2024, 21h13 - Publicado em 11 set 2023, 11h46

Após cinco dias de festival, o The Town chegou ao fim no domingo, 10. Em um rápido balanço, é fácil identificar alguns artistas prejudicados pelo horário ou pelo palco onde se apresentaram. São artistas fenomenais e que entregaram belas apresentações — mas que receberam pouca atenção de um público que estava mais engajado na espera dos headliners como Bruno Mars e Foo Fighters. Talvez seja uma questão de planejamento, ou um erro de curadoria, que resultou em uma plateia murcha. Confira a seguir três atrações que mereciam ter recebido mais prestígio nessa primeira edição de The Town:

Leon Bridges

Leon Bridges se apresenta no segundo dia de The Town, no palco The One (03/09/2023)
Leon Bridges se apresenta no segundo dia de The Town, no palco The One (Anne Karr/Divulgação)

Uma das maiores revelações do soul americano da atualidade, o texano Leon Bridges veio ao Brasil pela primeira vez em 2018, abrindo para o astro Harry Styles. Retornando para o The Town, se apresentou no The One no primeiro domingo de festival, 3. Ele transitou das faixas das mais agitadas, como Smooth Sailin e Flowers, para as mais românticas, como as belíssimas BeyondRiver. Enquanto grande parte do público do festival já se concentrava no palco do lado oposto, o Skyline, à espera de Bruno Mars, a plateia de Bridges acabou vazia. Além disso, algumas faixas foram prejudicadas pelo som que começou a reverberar do palco Factory, à esquerda.

Yeah Yeah Yeahs

Karen O, vocalista do Yeah Yeah Yeahs, no The Town
Karen O, vocalista do Yeah Yeah Yeahs, no The Town (Ariel Martini/Divulgação)

Convidados praticamente de última hora para substituir o Queens of the Stone Age (que cancelaram sua participação no festival duas semanas antes da data), o trio Yeah Yeah Yeahs tomou o palco Skyline com seus principais hits e faixas do disco mais recente, Cool It Down, de 2022. Com a potente Karen O à frente da banda, eles entregaram uma apresentação animada e atmosférica — mas a pegada indie não cativou grande parte do público, que já estava por ali no aguardo do rock mais tradicional do Foo Fighters. Muita gente sentada e nem um pouco disposta a dar uma chance à banda. Uma pena.

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Wet Leg

Wet Leg: as britânicas Rhian Teasdale (à frente) e Hester Chambers
Wet Leg: as britânicas Rhian Teasdale (à frente) e Hester Chambers (Multishow/Reprodução)

As britânicas Rhian Teasdale e Hester Chambers honraram o poder feminino no rock no sábado, 9, mas o tamanho reduzido da plateia não fez jus ao talento da dupla. As novatas e sua banda de apoio foram prejudicadas pelo horário e palco destinados a elas: se apresentaram às 21h45 no The One, do lado oposto do Skyline, onde o público majoritário já estava concentrado para assistir ao headliner Foo Fighters, às 23h. Wet Leg foi formada em 2019, e rapidamente conquistaram reconhecimento lá fora: na última edição do Grammy, foram premiadas como melhor álbum de música alternativa. Também foram atração de abertura no braço europeu da turnê mais recente de Harry Styles. No The Town, as duas fizeram muito barulho e se surpreenderam por terem fãs mesmo “tão longe de casa”. Decerto, mereciam prestígio bem maior no festival.

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