O delegado Wilkinson Fabiano Oliveira de Arruda, afastado das investigações do ataque contra os ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Paraná, divulgou uma nota nesta quarta-feira em que defende a abertura de inquérito por “tentativa de homicídio”, conforme sua avaliação feita no local dos disparos, ainda na terça-feira, em Espigão Alto do Iguaçu, Centro-Sul do Paraná.
“Não há precipitação alguma em se concluir o óbvio, que se há disparo de arma de fogo em direção a diversas pessoas em um ônibus, isso será considerado, em um primeiro momento, tentativa de homicídio, aqui e em qualquer lugar do mundo”, diz a nota do delegado.
Na manhã desta quarta, o delegado-titular de Laranjeiras do Sul, Helder Lauria, disse que Arruda havia sido “superficial” e dado informações que “não condiziam com a realidade da investigação”. Lauria afirmou que a Polícia Civil iria tratar o crime como “disparo de arma de fogo e dano”.
Responsabilidade
Apesar de oficialmente negar o afastamento de Arruda , a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) determinou que a investigação fique a cargo de Lauria e de policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).
Em sua nota, Arruda afirma que ele era o delegado plantonista durante o ocorrido e que seria, portanto, responsável pelo inquérito. “O delegado plantonista é o responsável por todas as ocorrências registradas em seu plantão”, diz Arruda, para na sequência afirmar que é “equivocado e ilegal” redistribuir um inquérito em razão da hierarquia.