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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens paranaenses. Por Guilherme Voitch, de Curitiba
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MP denuncia Richa e mais 12 por corrupção e fraude à licitação

De acordo com a acusação do Ministério Público, tucano teria sido beneficiário de pelo menos R$ 8 milhões em propina

Por Guilherme Voitch Atualizado em 30 jul 2020, 20h18 - Publicado em 25 set 2018, 19h17
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  • O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou nesta terça-feira, 25, o ex-governador Beto Richa (PSDB) e mais 12 pessoas por corrupção e fraude à licitação do programa Patrulha Rural, que tinha como objetivo a manutenção de estradas rurais municipais no Paraná.

    A denúncia oferecida nesta terça estima que as empresas envolvidas no esquema tenham recebido 101 milhões de reais do governo e que pelo menos 8 milhões de reais tenham sido repassados em propina a Richa e seus aliados.

    “O denunciado Carlos Alberto Richa, então governador do Estado do Paraná, e principal destinatário final das vantagens indevidas prometidas pelos empresários, plenamente ciente das tratativas e reuniões realizadas, notadamente através do seu – então – amigo Antonio Celso Garcia [delator do esquema], convalidou todo o arranjo criminoso, inclusive o aceite de promessa indevida”, diz a denúncia.

    O MP também denunciou quatro integrantes da gestão do tucano: José Richa Filho, irmão do ex-governador e secretário de Infraestrutura e Logística à época; Deonílson Roldo, ex-chefe de gabinete do governador; Edson Casagrande, então secretário de Assuntos Estratégicos; e Ezequias Moreira, na época diretor da empresa paranaense de Saneamento, a Sanepar.

    O MP informou também que fará novas diligências para as denúncias relativas aos crimes de organização criminosa, obstrução de justiça, lavagem de dinheiro, peculato e outros crimes licitatórios. Por esse motivo, segundo a denúncia, não serão denunciadas a esposa do governador, Fernanda Richa, e o contador da família, Dirceu Pupo.

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    Assim com os 13 denunciados, Fernanda e Dirceu foram presos no último dia 11 de setembro pela Operação Rádio Patrulha. Com base na delação do empresário Antônio Celso Garcia (Tony Garcia), a investigação do MP apontou um esquema montado no primeiro mandato de Richa que beneficiou um grupo de empreiteiras na licitação do programa Patrulha do Campo, destinado à manutenção de estradas rurais. Garcia repassou ao MP áudios e vídeos de reuniões que mostram o esquema sendo construído e colocado em prática. Em uma das gravações, o governador manda o então amigo cobrar uma propina atrasada. “Vai pra cima”, diz Richa. Em outra, o empreiteiro Celso Frare aparece contando maços de dinheiro que seriam entregues na sequência ao irmão do governador, José Richa Filho.

    O MP utilizou também o depoimento do ex-diretor geral do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) Nelson Leal Junior, que cumpre pena em liberdade depois de colaborar com a Justiça em outra investigação, relativa a irregularidades com concessionárias de pedágio.

    Outro lado

    Em nota, a defesa de Beto Richa afirma que tanto a denúncia quanto a prisão foram baseadas “única e exclusivamente em termos do depoimento de colaborador premiado já conhecido do Poder Judiciário Paranaense, sem qualquer base em provas de suas falaciosas alegações”. A nota também afirma que a família Richa acredita que a Justiça “restabelecerá a verdade e a honra”. A defesa de Ezequias Moreira disse que ele apresentará sua defesa nos autos, comprovando sua plena inocência.

    A reportagem tenta contatos com a defesa dos demais acusados.

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