Na cerimônia que marcou a devolução de de R$ 653,9 milhões recuperados pela Lava Jato aos cofres da Petrobras, o presidente da estatal, Pedro Parente, cobrou apoio à operação.
“Apoiar a Lava Jato é fundamental, ainda mais em um momento em que certos atores começam a propor medidas para constranger os responsáveis pela operação”, disse.
Questionado sobre quem seriam “certos atores”, Parente voltou a se esquivar e só descartou se tratar do PMDB. Afirmou que se tratava de “certo partido” e que a referência estava nos jornais.
Lideranças do PT puxam o coro de críticas ao que consideram ser “atuação midiática” dos procuradores e policiais envolvidos na Lava Jato. Mas não é só: o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, também já atacou os métodos da Lava Jato.
“Acredito pessoalmente e como presidente da empresa que os resultados obtidos por essa investigação garantem as construção de uma país e de uma sociedade mais justos”, disse Parente em Curitiba, onde aconteceu a cerimônia.
Coordenador da força-tarefa, o procurador federal Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal, comparou a devolução a “uma árvore frondosa que cresce no deserto” e defendeu os acordos de delação premiada.
“A seiva que alimentou essa árvore frondosa é feita dos acordos de colaboração e delação. É preciso que essa seiva seja mantida”, disse o procurador.