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Paulo Cezar Caju

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O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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Disseram que o VAR melhoraria com o tempo; mas estamos no Brasil

No país que desconfia até da urna eletrônica, por que confiaríamos no árbitro de vídeo?

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 set 2020, 10h56 - Publicado em 31 ago 2020, 16h33
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  • Não pode haver nada mais chato do mundo, para um adepto do futebol bem jogado, bonito e com muitos gols, do que, após as rodadas, ficar discutindo a eficácia do VAR. Pelo que li, o VAR foi utilizado pela primeira vez, no Brasil, em 2017, e sempre causou polêmica. Os especialistas das bancadas alertaram que seria preciso um tempo de adaptação e depois a reclamações cessariam, como acontece no mundo todo. Mas se esquecem que estamos no Brasil, um país que ninguém confia em ninguém e que a falta de critério impera.

    Já vi bolas baterem na mão e não ser pênalti e já vi bolas baterem no ombro, com o jogador de costas, virar penalidade. Qual o critério? Os próprios comentaristas de arbitragem se enrolam nas explicações. Alguns dizem que não é função do árbitro de vídeo alertar para uma “falta” que o árbitro de campo não viu e acabou virando gol. Em alguns casos, uma falta de cartão amarelo vira vermelho depois de o VAR avisar ao árbitro. Essa é a função do VAR? Não sei. Acho que ao invés de punirem o Gatito, com sei lá quantos jogos, a CBF deveria rediscutir a função do VAR, deixar tudo mais claro. Cada lance leva um tempão para ser validado, as partidas são paradas muitas vezes e os jogadores colaboram para piorar, pois são mal educados, cercam o árbitro o tempo todo, xingam descaradamente os bandeirinhas, simulam faltas e prestam um desserviço.

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    O Brasil vive um momento conturbado politicamente. No Rio, vamos para o sexto governador afastado e, é óbvio, que muita gente acha que o VAR favorece os clubes em melhores condições financeiras. Esse é o pensamento. No Brasil, desconfiam da urna eletrônica, por que não desconfiariam do VAR? Claro que ninguém quer perder um campeonato com um gol ilegal. Já sofri com isso. Certamente o VAR acusaria falta de Marco Antônio no goleiro Ubirajara, na final do Carioca, de 71. O gol de mão de Maradona também seria anulado. Mas, quer saber? Se eu fosse a FIFA acabaria com essa chatice de impedimento.

    O futebol seria muito mais divertido, com muitos gols e a torcida feliz da vida! Prefiro mil vezes um 5×4 do que um 0x0 covarde. Sem falar que a vida útil de um centroavante chegaria a uns 50 anos! Se o Fred fez um gol no Vasco, da intermediária, imagina se não tivesse impedimento? O futebol brasileiro tem que voltar a ser uma grande pelada e o “banheira”, enfim, terá seus dias de glórias e o merecido reconhecimento! Em tempo, se não bastassem os chavões, ouvi em uma mesa redonda que Mano Menezes está cotado para assumir o Corinthians em caso de demissão de Tiago Nunes e o plano B é Felipão! Tive que mudar de canal depois dessa!

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