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Paulo Cezar Caju

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O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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Na Euro, boas surpresas; por aqui, não sabemos nem quando o Brasil joga

Não temos qualquer identificação com esse time. Não falta apenas qualidade, mas carisma. É um grupo sem sal que depende apenas dos lampejos de Neymar

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jul 2021, 16h54 - Publicado em 5 jul 2021, 12h10
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  • Itália, Espanha, Inglaterra e Dinamarca. Fiquei muito feliz com o quarteto final da Eurocopa. Torci pela Bélgica, mas é bem interessante ver a Itália, de Roberto Mancini, seguir em frente, afinal ele não adota mais aquele insuportável ferrolho. Consegue defender-se bem, mas atacar com qualidade. É uma seleção bem mais leve. Também gosto muito do trabalho de Luis Enrique, apesar de a Espanha não ter feito nenhuma apresentação brilhante.

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    A Dinamarca é quase sempre uma surpresa agradável e Gareth Southgate vem surpreendendo no comando da Inglaterra. Virou técnico da seleção principal quase que por acaso, mas vem dando conta do recado. Como nos últimos anos me acostumei a ver a liga inglesa, a qual considero a mais agradável de acompanhar, acabo torcendo um pouco para eles. Preferia que o técnico fosse o Guardiola, mas a sua hora vai chegar.

    Não acho nenhuma espetacular, mas consigo assisti-las e não consigo ver o Brasil. Acho que algo muito grave acontece e não é só comigo. Estava viajando com amigos e ninguém sequer sabia que a seleção jogaria. Não temos qualquer identificação com esse time. Não falta apenas qualidade, mas carisma. É um grupo sem sal que depende apenas dos lampejos de Neymar. É preciso uma reformulação geral, um trabalho de marketing pesado para atrair novamente a atenção do torcedor. O futebol por si só já está muito chato.

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    Estava vendo Vasco x Goiás e o pau cantou só porque um atacante do Goiás tentou um drible no fim do jogo. Alguns vascaínos foram reclamar com o árbitro, pedir cartão!!!! Não falta mais nada!!! E outro dia o Cazares, do Flu, fez gol contra o Corinthians, seu ex-clube, e não comemorou em respeito. Meu Deus, qual a história que o Cazares tem com o Corinthians? Quanto tempo jogou lá? Virou piada! Mas piada mesmo foi Gustavo Scarpa respondendo ao jornalista no fim da partida contra o Sport, vitória de 1×0, gol seu. O repórter queria saber a que se devia sua excelente fase. “Estou jogando na minha posição”, respondeu. Morri de rir porque o futebol é óbvio, simples, mas não para esses professores que só destroem nossa arte. Já colocaram o Gustavo Scarpa na lateral, ponta-direita, só faltou de goleiro. Agora, descobriram que ele rende na posição de  ofício. Patético.

    Pelo menos Bahia, Fortaleza, Ceará e Bragantino seguem fazendo bonito! O reinado precisa mudar de mãos e se depender da minha reza esse dia vai chegar! Os que não me dão mais esperanças são os analistas de computadores, que inventaram agora jogador agudo! Na minha época agudo era o acento! E teve outro que disse que o número 10 central deu uma assistência por dentro para o atacante concluir!

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