Novo SUV chinês aposta no conforto para cativar entre SUVs médios
Primeiras impressões: EX5, primeiro modelo da Geely vendido no Brasil, busca espaço em segmento bastante disputado

Primeiro carro da chinesa chinesa Geely (pronuncia-se “ji-li”) a ser comercializado no Brasil, o EX5 chega agora após um período de pré-venda para tentar encontrar seu lugar em um dos mais disputados segmentos do mercado atual: a faixa dos SUVs médios de cerca de R$ 200 mil reais.
O páreo é duro. Entre os modelos a combustão há alguns campeões de vendas, como o Corolla Cross, da Toyota, e o Compass, da Jeep. Há uma competição importante com os eletrificados chineses, como o Haval H6, da GWM, e o Song Plus, da BYD.
Embora o nome seja pouco conhecido, a Geely é dona de várias marcas, como Volvo, Lotus, Polestar e Zeekr, entre outras. E pretende apostar no luxo e na sofisticação como chamarizes para esse potencial consumidor.
Ao entrar no habitáculo, o primeiro elemento que chama a atenção é o acabamento interno. Muitas superfícies macias ao toque, com uso de diferentes texturas. O design é minimalista, com a já tradicional central multimídia enorme (são 15,4 polegadas) e um painel de instrumentos bem grande (são 10 polegadas). Na versão topo de linha, Max, o SUV vem recebe teto solar panorâmico e head-up display de 13,8 polegadas e ótima definição.
Ao volante, o EX5 mostra que privilegia o conforto. Apesar da boa aceleração (o conjunto mecânico produz 218 cv de potência e 230 Nm de torque e faz de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos), o carro favorece mais a suavidade do que a performance. A suspensão também é ajustada para o conforto, o que significa que balança mais em trechos de asfalto irregular, mas há um ajuste feito para o mercado brasileiro que a torna um pouco mais rígida, como prefere o consumidor brasileiro. Há bastante espaço para os ocupantes, especialmente na segunda fileira, e o porta-malas de 461 litros comporta bastante bagagem.
Dificilmente o público que optar pelo EX5 vai levar o SUV grandalhão para um track day, mas na pista ele apenas reforça que sua vocação está nas ruas e rodovias, e não tanto nas curvas de um autódromo. Por conta de seu porte e do centro de gravidade elevado, ele não faz as curvas com tanta rapidez e balança muito em mudanças bruscas de direção feitas em velocidade mais alta. Nas retas, o conjunto mecânico entrega boa potência, mas o comportamento dinâmico não é tão empolgante.

Para viajar, no entanto, ele mostra que pode encarar trajetos mais longos. Sua bateria de 60,22 kwh garante até 413 quilômetros de autonomia, segundo a medição do Inmetro, mais rígida que os padrões chineses – isso na versão Pro, de entrada. Na versão mais cara, a autonomia cai para 349 quilômetros, por conta das tecnologias adicionais, que consomem mais energia.
Por enquanto, o EX5 está sendo vendido em preço promocional, com R$ 10 mil reais de desconto sobre o preço oficial. São duas versões: Pro, por R$ 195.800, e Max, topo de linha, por R$ 215.800. O conjunto mecânico é igual, mas a versão Max tem Adas nível 2, além do teto panorâmico e de algumas outras funções.