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Pé na estrada

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Rodamos com o Nexo, SUV a hidrogênio da Hyundai em projeto no Brasil

Única unidade do carro está sendo usado em um projeto com a USP para testar a viabilidade da tecnologia no Brasil

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 ago 2025, 15h00

Ao volante, é como se fosse um carro elétrico convencional. O silêncio a bordo, sem os sons do motor a combustão, e a aceleração que chega instantânea quando se pisa no acelerador. Mas sob o banco da segunda fileira do Nexo, da Hyundai, estão tanques de hidrogênio, que substituem a eletricidade ou a gasolina. Aqui, no Brasil, há um único exemplar do SUV, que está sendo usado em um projeto de pesquisa em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Shell. Mas em outros mercados, como a Coreia do Sul e os Estados Unidos, ele já é vendido e é usado por consumidores em seus deslocamentos diários.

Concebido desde o início para uso com hidrogênio, o Nexo foi lançado em 2018. É essa versão que está sendo usada no Brasil. E, na época, ele veio com algumas tecnologias que só são encontradas em modelos mais caros, como o Adas, sistemas de assistência ao motorista. Neste ano, a montadora sul-coreana lançou a nova geração do modelo, com visual marcante e futurista e tecnologias aprimoradas.

O sistema é simples. Os tanques sob o carro recebem hidrogênio. Ao ser misturado com o ar da atmosfera, produz pressão, que gera energia elétrica. Essa reação produz também vapor d’água, que é descartado pelo escapamento. Ou seja, o processo é limpo, sem emissões. O dilema é como o hidrogênio é produzido. Se for obtido a partir da queima de materiais, o que é possível, ele não é tão limpo. Mas pode ser obtido por meio de outros métodos. Na Coreia do Sul, por exemplo, há projetos para produção a partir do lixo e do esgoto, que captam o gás carbônico produzido como parte das reações químicas.

Nesse cenário, o Brasil tem potencial para assumir o protagonismo dessa transformação por conta de suas fontes renováveis de energia, especialmente o etanol. Se usado para a produção de hidrogênio, será uma alternativa sustentável. E a cadeia já estabelecida poderia acelerar ainda mais esse processo. A parceria com a USP, que fornece a tecnologia para produzir o hidrogênio a partir do etanol, pioneira no mundo, e com a Shell, que entra com o etanol, visa justamente testar essa alternativa de mobilidade. Hoje, o Nexo é usado em testes e para deslocamento da equipe de pesquisadores. No processo, veem a viabilidade do modelo no país.

Por enquanto, o uso do hidrogênio como alternativa aos combustíveis fósseis ainda é bastante restrito, principalmente por conta da infraestrutura de abastecimento. No setor dos carros de passeio, o Nexo enfrenta apenas a concorrência do Mirai, da Toyota, o primeiro do tipo produzido em escala comercial. Mas está disponível apenas na costa leste dos Estados Unidos e na Coreia do Sul, onde existem pontos de recarga. 

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Nova geração do Nexo, lançada neste ano, com visual totalmente repaginado
Nova geração do Nexo, lançada neste ano, com visual totalmente repaginado (Hyundai/Reprodução)

Mais promissor é seu uso no setor de transportes. Nesse campo, há projetos comerciais relevantes já operando em países como Suíça, Estados Unidos e Canadá. Enquanto os carros de passeio podem rodar cerca de 500 quilômetros com cinco quilos de hidrogênio, os caminhões usados em viagens de longa distância podem rodar mais, até 700 quilômetros. Há um novo projeto comercial que vai começar a rodar no Uruguai até o final do ano. Uma empresa de transporte de papel, instalada em uma região remota, usará uma frota de seis caminhões movidos a hidrogênio. A infraestrutura de recarga foi instalada nas dependências da companhia.

De acordo com a Hyundai, a companhia sul-coreana está apostando alto no hidrogênio como alternativa para um futuro não tão distante. Tanto que há uma unidade de negócios específica para cuidar de todas as tecnologias relacionadas ao hidrogênio, a HTWO, que trabalha em várias frentes, como a produção a partir de múltiplas fontes, soluções de armazenamento e transporte e uso para produção de energia.

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