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Pé na estrada

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Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino
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Um guia para curtir os atrativos de Teresópolis, capital do montanhismo

Além das trilhas que passam pela Mata Atlântica e do clima ameno, há boas opções de hospedagem e alimentação

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 18h26 - Publicado em 18 dez 2023, 09h26
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  • Quem chega a Teresópolis, no Rio de Janeiro, logo entende porque o município é conhecido como capital nacional do montanhismo. Os últimos quilômetros da rodovia Rio-Teresópolis (como a BR-116 é conhecida na região) antes do portal da cidade são uma subida constante entre as árvores da Mata Atlântica. No meio da vegetação é possível visualizar alguns dos picos mais altos da Serra Fluminense, onde alpinistas aperfeiçoam suas técnicas.

    O município está a pouco mais de quinhentos quilômetros de distância de São Paulo. É uma viagem de cerca de sete horas que passa pela rodovia Ayrton Senna e pela Presidente Dutra. De Belo Horizonte, são quase 400 quilômetros. Mas está a pouco menos de 100 quilômetros do Rio de Janeiro, o que torna a cidade um ótimo destino para os cariocas que querem fugir do calor e curtir o clima de serra, sempre mais fresco. No auge da onda que elevou as temperaturas em meados de novembro, a cidade está com um clima ameno – quente, mas não insuportável.

    Embora possa ficar repleta de visitantes nos meses mais frios do ano, quando a temperatura pode ficar próxima a zero em algumas ocasiões, a cidade é tranquila, segura e acolhedora. Há uma boa oferta de pousadas e hotéis, além de casas para alugar por temporada. O bairro do Alto, perto da entrada, por exemplo, é um dos favoritos dos turistas por conta da quantidade de serviços e pela vista deslumbrante dos picos da região, como o Dedo de Deus, com 1.692 metros de altitude.

    Os atrativos naturais são o principal chamariz da cidade. É lá que fica o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, inaugurado em 1939 e importante foco de preservação da Mata Atlântica remanescente na Serra do Mar. São mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e várias espécies endêmicas, o que significa que elas só existem ali, na região. A estrutura conta com mais de 200 quilômetros de trilhas, para diferentes níveis de experiência e preparo físico.

    A trilha Cartão Postal, por exemplo, tem apenas 2,4 quilômetros de extensão, considerando ida e volta, e menos de 300 metros de elevação. Como o próprio nome diz, ela passa no meio da Mata Atlântica e tem indicações para alguns dos picos mais famosos, como o Dedo de Deus e o Escalavrado. É uma opção fácil, para quem está começando. A Trilha Suspensa é ainda mais tranquila, acessível até para cadeirantes. Para quem deseja um desafio maior, no entanto, há a travessia Teresópolis-Petrópolis. São 30 quilômetros que exigem preparo e equipamento adequado, além do acompanhamento de guias experientes, e leva mais de um dia para ser concluída. A dica é chegar cedo, porque há um limite máximo de visitantes por dia dentro do parque.

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    Teresópolis está há apenas 60 quilômetros de Petrópolis, destino famoso pelos edifícios históricos. O trajeto é um pouco demorado, pois passa obrigatoriamente por uma serra íngreme e de pista simples, mas que vale muito pela vista. É muito comum que quem se hospede em uma das cidades dedique ao menos um dia para passear pela outra. Teresópolis também está a apenas uma hora de viagem do Rio de Janeiro. Dá para programar um passeio completo pela região.

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    Vila St. Gallen, com cervejaria e menu alemão, é um dos destaques gastronômicos da cidade – (André Sollitto/VEJA)

    É em Teresópolis ainda que fica ainda a Granja Comary, área de treino da Seleção Brasileira, mas o acesso não é permitido a visitantes. No máximo é possível tirar uma foto na entrada, com o símbolo da seleção ao fundo.

    E para quem curtir apenas alguns dias de descanso, há boas opções gastronômicas. Uma das pedidas mais interessantes é a Vila St Gallen, espaço que une cervejaria, sorveteria e restaurante com especialidades alemãs. Nas épocas mais frias há ainda um ambiente inteiro dedicado a fondues. Também no bairro Alto estão o Dojo Sushi, que oferece menu criativo em várias etapas, e o espaço Viva Itália, que tem cantina, pizzaria, sorveteria e empório em uma charmosa vila com diferentes ambientes. Aos finais de semana, perto da entrada da cidade, há uma simpática feira de artesanato.

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