Uso de IA entre pesquisadores dispara para 84% em 2025

Embora tenha se disseminado em muitas instâncias da vida desde o surgimento do ChatGPT, em 2022, o uso de inteligência artificial em ambientes acadêmicos. Ou será que não? Uma nova pesquisa parece indicar grandes mudanças: o uso de IA em atividades científicas saltou de 57% em 2024 para 84% em 2025.

Os dados vêm de um levantamento global chamado ExplanAItions, feito com 2.430 pesquisadores de diversos países. Foi conduzido pela Wiley, uma das maiores e mais antigas editoras científicas do mundo, em agosto deste ano e aponta também que 85% dos entrevistados afirmam ter se tornado mais produtivos com IA, enquanto três quartos dizem que a tecnologia melhorou a quantidade e a qualidade de seus trabalhos.

Os 84% que destaquei no título contemplam o uso geral de IA. Ou seja, contempla tanto os pedidos para tradução de trechos de uma obra quanto pesquisas antes conduzidas diretamente no Google. Os percentuais de cada coisa serão divulgados numa versão completa do relatório, prevista para o fim do mês. O que se sabe, desde já, é que o uso de IA “para tarefas de pesquisa e publicação” cresceu de 45% em 2024 para 62% em 2025.

Agora, uma coisa é usar IA para levantar conteúdos, a outra é mandar escrever no seu lugar – essa última parece menos provável, uma vez que os entrevistados relataram receio quanto ao conteúdo entregue pelos chatbots. A preocupação com imprecisões e alucinações, por exemplo, subiu de 51% para 64%.

Os pesquisadores também têm reajustado suas expectativas sobre o que a IA é realmente capaz de fazer. Em 2024, mais da metade acreditava que algoritmos já superavam humanos em várias tarefas. Neste ano, menos de um terço mantém essa opinião.

Principais percentuais do estudo ExplanAItions 2025

Como eu sei que alguns leitores escaneiam a página com os olhos e caçam dados mais diretos, achei prudente listar aqui os dados que você vai absorver de modo eficaz.

• 2.430 pesquisadores participaram do levantamento global.
• Uso geral de IA: 84% (contra 57% em 2024).
• Uso específico para pesquisa e publicação: 62% (contra 45% em 2024).
• 85% afirmam maior eficiência com IA.
• Cerca de 75% dizem que a IA melhorou a quantidade e qualidade do trabalho.
• Preocupação com imprecisão/alucinação: 64% (era 51%).
• Preocupação com privacidade/segurança: 58% (era 47%).
• Uso de ferramentas genéricas (ex: ChatGPT): 80%.
• Uso de assistentes especializados: 25%.
• Conhecimento sobre ferramentas de pesquisa especializadas: 11%.
• Ferramentas gratuitas em uso: 70%; acesso pago: 48%.
• Empresas que oferecem IA: 58% (média global: 40%).

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