O futuro arrasador da Eletronuclear caso Angra 3 não seja retomada
Ministério do Meio Ambiente tem resistido à volta das obras, colocando as finanças da estatal em risco

A saúde financeira da Eletronuclear, estatal brasileira voltada à produção de energia atômica, depende da retomada de Angra 3 — no final do ano passado, o governo adiou a decisão sobre o assunto. A previsão é que a discussão seja retomada neste dia 25. “Se não for para a frente, será catastrófico para nós”, diz Raul Lycurgo, presidente da empresa. A Eletronuclear acumula dívidas de 6,3 bilhões de reais com a Caixa e o BNDES. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é ferrenha opositora da retomada de Angra 3. Em uma visita às proximidades da usina, Marina não quis nem que seu helicóptero pousasse nas instalações da Eletronuclear. O piloto teve que aterrissar na estrada.
Em nota enviada à coluna após a publicação da reportagem, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lembrou que a decisão sobre a retomada de Angra 3 depende do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), composto por outros ministérios além do MMA. A nota na íntegra pode ser conferida a seguir:
Sobre a reportagem publicada na coluna Radar Econômico, da revista Veja, em 25 de janeiro, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) esclarece que a decisão sobre eventual retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 é de responsabilidade do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), sob orientação da Lei nº 14.120, de 2021. Em 10 de dezembro de 2024, o plenário do CNPE concedeu vista coletiva à pauta em razão de sua complexidade, em decisão unânime dos ministros presentes à ocasião.
A manifestação do MMA se dará oportunamente em reunião a ser convocada pelo CNPE, com base em evidências científicas, como requer o caso em pauta, ponderando os dados trazidos pelas demais pastas que compõem o conselho.