A terapia genética Cart-T Cell é considerada revolucionária no tratamento contra o câncer no mundo. Ela é usada em doenças hematológicas e alguns estudos já comprovaram sua eficácia em tumores sólidos também. A terapia consiste na retirada de células do sistema imune do paciente, na potencialização delas em laboratórios e na devolução dessas células modificadas ao indivíduos. Superpotentes, as células têm capacidade de reconhecer e destruir as células tumorais sem atingir as células saudáveis — diferentemente de tratamentos convencionais, como a quimioterapia. O problema ainda é o custo. Em entrevista ao programa VEJA S/A, o presidente da rede A.C.Camargo Cancer Center, Victor Piana de Andrade, afirma que o tratamento pode custar até 2,5 milhões de reais.
Segundo ele, é preciso otimizar a gestão e recomendar o tratamento somente quando as chances de sucesso são altas. Piana acredita que a terapia Car-T Cell vai se tornar acessível ao longo do tempo. “É uma terapia que traz esperança a todos os pacientes, mas há uma barreira enorme de entrada. A indústria precisa ficar sensível ao tema enquanto as universidades tentam desenvolver versões locais mais baratas. Como em várias tecnologias da medicina, o preço vai cair à medida em que há ganho de escala. Acredito que a segunda geração do tratamento vai chegar mais eficiente e a um custo menor”, disse. O VEJA S/A é publicado todas as terças-feiras, às 11h, e recebe os presidentes das maiores empresas do Brasil.
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