A contradição do governo caso confirme entrada na Opep+
VEJA Mercado: organização regula os preços do petróleo no mercado internacional e convidou o Brasil a integrar o comitê como aliado
O Brasil foi oficialmente convidado a ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). A entidade é composta por 13 países, como Arábia Saudita, Rússia e Venezuela. Outros produtores de petróleo, como Estados Unidos, Canadá e China, não fazem parte do comitê. A Opep+ é quem regula grande parte do mercado de petróleo no mundo. Na última quinta-feira, 30, a organização anunciou um corte voluntário de 2 milhões de barris por dia na produção global da commodity para o início de 2024. Não foi a primeira medida desse tipo neste ano. Os cortes são encarados no mercado como uma estratégia dos países para manter os preços do petróleo em patamares elevados. Nesta sexta-feira, 1°, o petróleo tipo brent é negociado a 80 dólares por barril.
A Opep emitiu uma nota em que confirma a entrada do Brasil como aliado na entidade a partir de 2024. Oficialmente, a Secretaria de Comunicação Social diz que não há uma decisão sobre o assunto. A avaliação de alguns economistas é que a entrada do Brasil na Opep+ é incoerente com o discurso do governo. “É contraditório em relação ao que a gente precisa avançar por mais que seja só como observador. A matriz energética brasileira é bastante limpa e uma entrada na Opep soaria como contraditória por tudo que sinalizamos ao mundo. É um discurso diferente do que a gente deveria e tem condições de mostrar a essa altura”, afirma Sergio Vale em entrevista ao programa VEJA Mercado.
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