A dica da MRV para o governo Lula sobre o Minha Casa, Minha Vida
VEJA Mercado: companhia não deve participar da retomada da faixa 1 do programa do governo federal
A construtora MRV divulgou seus resultados trimestrais e reportou um prejuízo líquido de 229 milhões de reais no quarto trimestre de 2022. A MRV Incorporações, principal negócio do grupo e que atua no programa de habitação Minha Casa, Minha Vida, amargou um resultado negativo de 301 milhões de reais no período. Em teleconferência com analistas para debater os resultados, alguns executivos da companhia mandaram recados ao governo federal. Em resumo, o modelo de outro programa habitacional, o Pode Entrar, da prefeitura de São Paulo, foi tido como exemplo para a retomada da faixa 1 do governo federal, para pessoas com renda bruta até 2.640 reais. A MRV, em princípio, não tem interesse em participar da faixa 1.
“O maior risco é o de não receber em uma transição de governo, por exemplo. No Pode Entrar, o recurso já está depositado, 15% é pago antecipadamente e os outros 85% de acordo com o cronograma”, afirma Eduardo Fischer, co-presidente da MRV. “O modelo desenhado em São Paulo daria muita segurança à faixa 1, colocamos isso em alguns encontros. Provavelmente, não será esse o caminho do governo, mas não há confirmação. De qualquer forma, isso mudaria a percepção de risco da faixa 1, onde não somos atuantes”, concluiu. O Radar Econômico antecipou que o programa habitacional paulistano caiu nas graças das construtoras.
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