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A diferença que separa Lula 1 de Lula 3, segundo Henrique Meirelles

O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles destacou diferenças importantes entre primeira gestão e o governo atual

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jan 2025, 13h12 - Publicado em 23 jan 2025, 12h20

Se o presidente Lula continua sendo pragmático no campo da política, a sua atuação na área econômica está mais carregada de ideologia. Durante, o Brazil Economic Forum, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles destacou diferenças importantes entre os governos Lula 1 e 2 e o atual governo. No primeiro mandato de Lula, houve uma política de maior disciplina fiscal, o que contribuiu para o controle da inflação e permitiu que a economia crescesse de forma sustentável, com média de 4% ao ano e a criação de 11 milhões de empregos. Ele lembrou que, na época, a política fiscal e monetária eram complementares, mesmo em um cenário de grande desconfiança inicial do mercado, com o dólar acima de R$ 7 e juros elevados para conter a inflação.

“No primeiro mandato de Lula, tivemos uma política fiscal mais restritiva, o que ajudou a controlar a inflação e sustentar o crescimento. Hoje, há uma política fiscal expansionista, o que cria um cenário diferente e pressiona os juros para cima.” No segundo mandato de Lula, segundo Meirelles, também houve uma expansão fiscal mais significativa, mas o Banco Central conseguiu manter a inflação sob controle, o que ajudou o país a continuar crescendo. Esse equilíbrio, de acordo com ele, foi possível devido ao compromisso institucional firmado com Lula, que garantiu ao Banco Central autonomia para atuar de forma independente, mesmo sem uma legislação formal à época.

Meirelles apontou que o contexto atual é diferente e explicou que essa expansão fiscal é uma diferença estrutural fundamental em relação ao início dos anos 2000, quando o ajuste fiscal foi prioridade. “ Hoje existe expansão fiscal que não houve naquela época, são fatos”, disse Meirelles.

Apesar disso, Meirelles reconheceu que o pragmatismo de Lula continua presente, mas enfatizou que a combinação de política fiscal expansionista e juros elevados cria um cenário distinto e desafiador. Ele ressaltou que o Banco Central atual, com sua independência institucional garantida por lei, possui os instrumentos necessários para manter a inflação sob controle, mas ponderou que será necessário observar como o equilíbrio entre política fiscal e monetária será mantido nos próximos anos. “Vamos observar”.

Assista à fala completa de Meirelles abaixo:

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