A estratégia da Natura&Co para superar ‘timidez’ da Avon
Avon International registrou prejuízo de 40 milhões de reais no primeiro trimestre; esforço da Natura&Co será para reduzir custo de caixa

A Natura&Co anunciou que irá demitir cerca de 1 100 da Avon International, o que representa cerca de 25% da força de trabalho da empresa. Isso será feito como parte dos esforços da companhia em reposicionar e simplificar a estrutura da marca. “Avon ainda é um desafio. Priorizamos rentabilidade e ganho de caixa, mas a marca precisa de mais inovação e relevância”, diz João Paulo Ferreira, CEO da Natura&Co.
A Natura&Co assumiu a gestão da Avon na América Latina após o processo de Chapter11, uma espécie de recuperação judicial, da divisão internacional nos Estados Unidos, no fim do ano passado. “Começamos a repovoar o funil de inovações, mas isso leva tempo. Esperamos voltar a ver crescimento, mas isso leva tempo. Não vai acontecer da noite para o dia”, diz Ferreira. “Ainda vamos ver crescimento tímido na América Latina por algum tempo”.
O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Avon International foi negativo em 40 milhões de reais no primeiro trimestre, com receita de 1,4 bilhão de reais.
Por outro lado, o resultado do grupo foi melhor. A Natura&Co divulgou na segunda-feira, 12, um prejuízo líquido de 150 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 83,9% em comparação ao prejuízo do mesmo período de 2024. O Ebitda foi de 790 milhões de reais, um aumento de 30% em relação ao ano passado.