O Nubank teve lucro de 142 milhões de dólares, ou 695 milhões de reais, no primeiro trimestre de 2023. Para efeito de comparação, a empresa teve prejuízo de 45 milhões de dólares — 220 milhões de reais — no igual período de 2022. Os números surpreenderam e foram maiores do que se esperava no mercado. Os depósitos de clientes permaneceram estáveis mesmo diante de episódios como a fraude da Americanas e a falência do Silicon Valley Bank, que levantaram boatos sobre a sustentabilidade financeira do Nubank.
Os números trimestrais foram impulsionados pela originação de empréstimos pessoais, que se recuperou e teve alta de 40% na base anual, contribuindo para o crescimento geral da carteira de empréstimos pessoais, que totalizou 2,3 bilhões de reais. “Se vimos os resultados do quarto trimestre como um divisor de águas para os céticos, este pode ser outro para os mais incrédulos, já que a empresa conseguiu dobrar a lucratividade em números consolidados. Mais uma vez, vemos o Nubank entregando em todos os aspectos e mostrando que sua estratégia está valendo a pena”, opinam os analistas do Credit Suisse.
As receitas do Nubank saltaram 85% em um ano, enquanto as despesas operacionais subiram apenas 13%. A equação é simples e explica o aumento das margens e do lucro da fintech. O banco encerrou o trimestre com 79,1 milhões de clientes, aumento de 33%. Somente no Brasil, são 75,3 milhões de clientes. “A vantagem competitiva do Nubank reside em sua capacidade de manter custos mais baixos em várias métricas, incluindo aquisição de clientes, custo de atendimento, custo de financiamento e custo do risco. A aceleração dessas eficiências de custos superou as expectativas”, avaliam os analistas do BTG Pactual. Por volta das 13h, as ações do Nubank subiam 2% na bolsa de Nova York.
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