A frustrada tentativa de diretor de ‘retirar’ Petrobras da eleição
VEJA Mercado: papéis da estatal oscilam depois de acenos do ex-presidente Lula a mudanças na empresa
O diretor de governança e conformidade da Petrobras, Salvador Dahan, bem que tentou, mas tem sido difícil blindar a estatal das eleições a três dias da votação em primeiro turno. “Nossas decisões são pautadas pelas equipes técnicas, que submetem as propostas, num processo que já vem acontecendo há muitos meses. Nenhuma decisão pode ser afetada pelo resultado da eleição”, disse a jornalistas em evento no Rio de Janeiro. Não funcionou. Na quarta-feira, 28, os papéis da Petrobras recuaram 1,35%, enquanto os preços do petróleo brent avançaram 3,6%, para 88 dólares o barril. Outros petroleiras listadas, como a PetroRio e a 3R, destoaram da estatal e subiram na casa dos 3% diante da alta dos preços da commodity.
No radar dos investidores, as possíveis mudanças que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas eleitorais, pode promover em um eventual governo. “A Petrobras faz prospecção de petróleo em real, ela refina em real. Ela precisa, então, que o preço seja em real”, disse Lula em entrevista ao SBT. Além disso, o ex-presidente também é contrário à atual política de preços da estatal e defende que a Petrobras refine mais petróleo, enquanto o mercado anseia pela privatização desses ativos. Na gangorra da eleição, é de se esperar ainda mais volatilidade na bolsa de valores.
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