Centrado na contratação de supostos funcionários fantasma pelo Centro de Pesquisas e Estudos do Rio de Janeiro (Ceperj), o escândalo que apura a existência de funcionários fantasmas no órgão, que atinge o governo fluminense, ocasionou na interrupção do pagamento de funcionários reais da autarquia. Em face da situação, em que centenas de milhares de reais teriam sido desviados, a Justiça determinou a suspensão de pagamentos, utilizando de argumentos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Se trata de uma prevenção de mais desvios, mas funcionários do Ceperj ouvidos pelo Radar Econômico relatam o impacto sofrido por conta do ocorrido.
“É um grande absurdo. Não separaram o joio do trigo ao tomar essa decisão. Pessoas honestas que trabalham no Ceperj há mais de um ano, antes do escândalo, estão prejudicadas. Alguns funcionários têm tentado trabalhos como freelancers para ter uma fonte de renda. Não é razoável que essa situação perdure por tanto tempo. O Ministério Público tem que resolver essa questão o quanto antes e temos que receber nosso salário atrasado. Ainda tenho esperança que o mês de setembro comece com uma boa notícia vinda do MP”, conta um funcionário que não recebeu seu salário em agosto. Apelidada por alguns como “farra dos fantasmas”, o escândalo no Ceperj chegou à secretaria de governo de Cláudio Castro (PL), governador do estado e candidato à reeleição, como mostra reportagem de VEJA. Adversários políticos do mandatário têm utilizado o caso como munição na eleição fluminense deste ano.
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