As lições que Lula pode aprender com Milei após rusgas no Mercosul
VEJA Mercado: economista Roberto Troster comenta o novo climão entre Brasil e Argentina no bloco, o recorde nominal do Ibovespa e a queda do dólar
VEJA Mercado | 04 de julho de 2025.
As bolsas europeias e asiáticas são negociadas em alta na manhã desta sexta-feira 4. O presidente Lula e o presidente argentino Javier Milei protagonizaram mais um climão durante a cúpula do Mercosul. Milei criticou o bloco e o classificou como burocrático e ineficiente. Lula rebateu e afirmou que o Mercosul protege os países da América do Sul de tensões e guerras comerciais. O brasileiro assume a presidência do bloco por seis meses e promete dar vazão ao histórico e prometido acordo comercial com a União Europeia.
Nos mercados, o Ibovespa bateu a sua máxima histórica nominal de pontos e chegou a ultrapassar os 141 mil pontos no último pregão. Já o dólar voltou a cair e fechou a sessão cotado a 5,40 reais, o menor valor desde junho de 2024 — mais de um ano atrás. O céu é o limite? Os analistas do Santander e do BTG Pactual projetam que o Ibovespa pode chegar aos 160 mil pontos ainda em 2025.
Diego Gimenes entrevista o economista Roberto Troster. O especialista afirmou que o Brasil tem muito a aprender com a Argentina no campo da política econômica e comentou as novas rusgas entre Lula e Javier Milei no Mercosul. “A Argentina fez cortes de gastos, afetou muitos setores da economia e a popularidade continua alta. Isso é bom, mostra que fazer reformas e ter responsabilidade aumentam a popularidade. Gastar mais não melhora necessariamente a aprovação de um governo”, disse. “Milei pode exagerar em algumas coisas, mas nesse sentido ele tem mostrado aspectos positivos. Não se joga dinheiro fora”, concluiu. O recorde nominal da bolsa e a queda do dólar ao menor nível em mais de um ano também são assuntos da entrevista. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.