O presidente da Federação Brasileira dos Bancos, a Febraban, disse, nesta sexta-feira, 19, que está preocupado com a indicação neste ano do nome que comandará o Banco Central a partir de 2025. Roberto Campos Neto encerra o seu mandato à frente da autarquia no fim de 2024. Segundo Sidney, sua maior preocupação não é com o indicado em si, mas com que o próximo presidente do BC tenha liberdade técnica para trabalhar.
“O grande desafio é que isso não gere ruído e que isso não acabe impactando nos preços da economia. O presidente Lula tem, portanto, de um lado, uma importante oportunidade e, de outro, um grande desafio de indicar um novo presidente [do Banco Central]”, disse durante o Brazil Economic Forum, realizado por VEJA e o Lide em Zurique, na Suíça. “Minha preocupação é que o novo presidente, seja ele quem for, precisará ter toda liberdade técnica para deixar claro o seu compromisso absoluto e inafastável com o controle da inflação. Esse é um ponto essencial e não se pode errar”, completou.
Durante sua fala, Sidney elencou os desafios para a economia brasileira neste ano. Além da indicação do novo presidente para o BC, o presidente da Febraban disse que o Brasil precisa manter compromisso com a meta de zerar o déficit fiscal, ao invés de se perder na discussão sobre mudança dessa meta.