A pressão para que o governo eleito aprove uma reforma no complexo sistema tributário brasileiro tem ganhado sustância. Tanto Persio Arida, economista do Plano Real e membro da equipe de transição, quando Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, já demostraram apreço pela demanda. Por outro lado, há uma dúvida sobre a forma como a tão sonhada reforma tributária se dará. “Acharia positiva uma reforma para simplificar o ICMS, migrando a cobrança do imposto para o destino. Por outro lado, algo que revolucione o regime do ICMS, como um IVA nacional, pode ser problemática”, diz Felipe Salto, secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, em entrevista ao Radar Econômico.
No debate de uma reforma de impacto tão abrangente, diversos interesses de agentes econômicos do país estão em jogo. “É preciso uma articulação com os governadores, prefeitos e setores da economia, coisa que faltou nos últimos anos. Cada setor tem uma visão diferente sobre os efeitos de uma reforma como essa. É preciso uma reforma tributária que simplifique o ICMS. Como secretário da Fazenda, vejo o tempo que gastamos com a guerra fiscal entre os estados”, complementa ele.
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