Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

A visão de Ilan Goldfajn sobre a reforma administrativa e o PIB de 2022

Ex-presidente do Banco Central, de malas prontas para o FMI, Ilan vê reforma como necessária para modernizar o funcionalismo público

Por Felipe Mendes Atualizado em 5 jan 2022, 18h00 - Publicado em 5 jan 2022, 17h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Executivo de sucesso irrefutável no setor público, o economista Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central e ex-presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil, defende o avanço da reforma administrativa para a modernização do funcionalismo no país. A proposta, que poderia gerar um espaço fiscal de 200 bilhões de reais em uma década, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), está parada no Congresso. De malas prontas para o FMI (Fundo Monetário Internacional), Goldfajn aponta que a implementação de um sistema de avaliação e a possibilidade de demissão de maus funcionários do setor público é, sobretudo, uma necessidade para abrir espaço fiscal para a retomada dos investimentos públicos.

    “O setor público é hoje superdimensionado, ao mesmo tempo em que não provê os serviços que a população deseja. A gente precisa achar espaço no Orçamento para poder voltar a investir e para poder pagar o Bolsa Família ou Auxílio Brasil, que seja, sem ter nenhuma confusão fiscal com o teto de gastos, que é a nossa âncora”, aponta Goldfajn. “Outra coisa importante que a reforma pode trazer é a melhoria dos serviços. Para isso, a gente tem de encontrar uma forma de motivar o servidor público a prestar esse serviço melhor. Eu que trabalhei em Brasília durante seis anos como diretor e três anos como presidente, sei que uma coisa que incomoda no funcionalismo é você trabalhar bem e ser tão recompensado quanto o servidor que está ‘encostado’. Quando o bom funcionário e o mau funcionário são remunerados da mesma forma não há bônus nem ônus.”

    Sobre as projeções para a economia brasileira em 2022, o economista diz que o aumento da taxa básica de juros, que pode chegar a dois dígitos, vai gerar uma “forte desaceleração”. “Não tem como chegar a este patamar e não causar um impacto grande na economia real. Não tenho dúvidas de que as últimas altas para poder controlar a inflação vão levar a economia a desacelerar este ano”, projeta ele, que mostra-se preocupado com o “arranjo” encontrado para o teto de gastos no Orçamento. “O abandono da âncora vai custar muito caro. Não é o combate à inflação que isso custa. Esses bilhões por fora do teto vão ter um custo muito maior em termos de recessão e de geração de emprego. Ou seja, estamos ganhando poucos bilhões em espaço fiscal em troca de centenas de bilhões que o país pode perder lá na frente, em termos de PIB. Com poucos bilhões você implode o regime fiscal, pelo menos na percepção do credor, que é quem está rolando essa dívida do governo”, completa, sobre a PEC dos Precatórios.

    *Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.