Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS
Imagem Blog

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich

Agronegócio, bancos e energia podem ser alvos de novas sanções dos EUA

Sanções de Donald Trump contra autoridades brasileiras podem respingar em setores-chave da economia, alerta especialista

Por Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 set 2025, 11h13 - Publicado em 17 set 2025, 07h04

Às vésperas da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, um novo atrito ameaça as relações entre Brasília e Washington. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que os Estados Unidos devem adotar medidas contra o Brasil na próxima semana e voltou a criticar a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. O aviso, feito em entrevista à Fox News, adiciona tensão à viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abrirá os discursos na cúpula da ONU. No programa Mercado, de VEJA, o professor de Relações Internacionais e ex-diretor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Márcio Sette Fortes afirmou que a sinalização de Washington não pode ser lida como mero gesto retórico. Para ele, há risco de sanções econômicas direcionadas a autoridades brasileiras, com potenciais efeitos sistêmicos sobre setores estratégicos da economia.

Fortes explicou que a Lei Magnitsky, frequentemente utilizada pelos EUA em disputas internacionais, permite punições a indivíduos ligados a violações de direitos ou corrupção. “Se ministros do Supremo forem incluídos, os bancos que mantêm relações com eles podem enfrentar restrições em pagamentos internacionais, no sistema Swift e em operações em dólares”, avaliou. Os impactos poderiam se espalhar rapidamente. No agronegócio, altamente dependente da importação de fertilizantes — entre 75% e 90% do consumo interno —, bloqueios financeiros representariam um risco direto à produção. “Isso afetaria a oferta de alimentos, pressionaria os preços no Brasil e no mundo e comprometeria exportações das quais muitos países dependem”, destacou.

Outro setor vulnerável é o energético. Apesar de autossuficiente em petróleo, o Brasil importa cerca de 70% do óleo usado para refino. Qualquer entrave nas transações financeiras poderia provocar gargalos no abastecimento. Fortes também chamou atenção para o risco de “contaminação” no setor tecnológico. Como parte significativa dos serviços de informática utilizados pelo sistema bancário brasileiro é prestada por empresas americanas, restrições cruzadas poderiam comprometer operações cotidianas.

Além disso, Washington pode revisar a lista de exceções que hoje livra cerca de 700 produtos brasileiros de sobretaxas. Segundo o especialista, tarifas adicionais seriam um golpe direto na competitividade da indústria e do agronegócio nacional. Na visão de Fortes, o mercado financeiro já precifica o risco de sanções, aumentando a pressão sobre o governo Lula. “A situação é séria porque atinge a interseção entre política e economia. O Brasil pode ser arrastado a uma crise internacional por causa de decisões internas”, concluiu.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

ÚLTIMA SEMANA

Digital Completo

O mercado não espera — e você também não pode!
Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 2,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.