A reforma tributária sobre o consumo, promulgada pelo Congresso Nacional em 2023, trará uma grande contribuição para o combate à lavagem de dinheiro e ao crime organizado. A avaliação é do economista Bernard Appy, secretário extraordinário do Ministério da Fazenda encarregado do tema. Os dois tributos que resultaram da reforma — o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — serão totalmente baseados em documentos fiscais eletrônicos, gerando uma base de dados com cerca de 70 bilhões de operações por ano, segundo estimativa do governo. Appy argumenta que o novo modelo facilitará o rastreamento das transações e aumentará a transparência sobre o fluxo de recursos, reduzindo brechas exploradas por organizações criminosas. “O cruzamento dessas informações, com apoio de tecnologia e inteligência artificial, permitirá identificar padrões típicos de fraude e sonegação em tempo real, fortalecendo o combate ao crime econômico”, diz.

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